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Brasil faz o primeiro jogo do ano e enfrenta a Colômbia nesta quinta

A Seleção Brasileira nunca perdeu para a Colômbia como mandante. O jogo desta quarta (20) será no Mané Garrincha

Por Luciano Neves

Brasil faz o primeiro jogo do ano e enfrenta a Colômbia nesta quinta Créditos: Rafael Ribeiro/CBF

Nesta quinta-feira (20), Brasil e Colômbia se enfrentam em Brasília, pelas Eliminatórias Sul-Americanas. O jogo válido pela 13ª rodada será às 21h45, no Mané Garrincha. Precisando vencer para subir ainda mais na classificação da competição, a Seleção de Dorival Júnior se agarra no ótimo retrospecto atuando como mandante contra os colombianos: em treze jogos, a pentacampeã mundial não sofreu uma derrota sequer. O levantamento leva em consideração amistosos e jogos oficiais (Eliminatórias, Copa do Mundo e Copa América). Nos 13 jogos, o Brasil venceu dez e empatou três. O último das equipes nestas condições foi em 2021, pelas Eliminatórias, quando a Seleção Brasileira venceu os colombianos por 1 a 0, na Neo Química Arena, com um gol de Lucas Paquetá. No retrospecto geral, também contabilizando todos os jogos, o domínio brasileiro continua evidente. Em 37 partidas, o Brasil venceu 21 vezes, empatou 12 e perdeu apenas quatro confrontos. Por sua vez, a Colômbia já venceu o Brasil nesta edição das Eliminatórias Sul-Americanas. Com dois gols de Luís Díaz, os colombianos venceram os brasileiros no dia 16 de novembro de 2023, no Estádio Metropolitano Roberto Meléndez, em Barranquilla.

 

Na tabela

O Brasil pode assumir a vice-liderança das Eliminatórias. Para isso precisa vencer a Colômbia. A Seleção de Dorival Júnior ocupa o quinto lugar com 18 pontos, um a menos que os colombianos que aparecem no quarto lugar. Logo, o jogo no Mané Garrincha é um confronto direto. Se vencer, o Brasil já assume a segunda posição de maneira provisória, já que vai aos 21 pontos. O vice-líder Uruguai tem vinte e fecha a rodada na sexta (21) contra a Argentina. O Equador está acima do Brasil, em terceiro com 19 pontos, e também joga amanhã contra a Venezuela em casa. Se conseguir o resultado positivo, o Brasil terá que secar os dois concorrentes. No entanto, se não vencer, pode cair uma posição na tabela. Isso porque o Paraguai, sexto com 17 pontos, joga em casa contra o Chile e abre a rodada às 20 horas, no Defensores del Chaco. Também hoje jogam Peru e Bolívia, às 22h30, no Nacional de Lima, num confronto mais abaixo na tabela. A Bolívia ainda luta por vaga na próxima Copa do Mundo e aparece no sétimo lugar com treze pontos. Já o Peru é o lanterninha com apenas sete pontos ganhos.

 

Bola de Ouro

Havia uma grande expectativa para os dois jogos da Seleção Brasileira nesta Data Fifa. Isso porque, Dorival Júnior havia convocado Neymar, que preparava seu retorno à Seleção. Porém, em virtude da lesão que tirou o jogador da semifinal do Campeonato Paulista, Neymar foi cortado. Logo, a esperança em dois bons resultados nos jogos contra Colômbia e Argentina recai sobre Raphinha. A grande temporada no Barcelona o colocou como candidato à próxima Bola de Ouro. Mas o camisa 11 do Barça poderá ser protagonista na Seleção Brasileira, que ainda precisa engrenar?

Com Neymar mais uma vez fora por lesão, o polivalente atacante de 28 anos se apresenta como a principal peça ofensiva do Brasil para dois jogos complicados pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa do Mundo de 2026, contra Colômbia e Argentina. Embora ainda esteja na zona de classificação direta para o Mundial, o Brasil precisa vencer para se recuperar dos dois empates da rodada dupla anterior (1 a 1 contra Uruguai e Venezuela) e se aproximar da vaga antecipada, faltando seis rodadas para o fim das Eliminatórias. “Já tivemos piores momentos, recuperamos, já tivemos melhores momentos e caímos de rendimento. Piorar não dá, estamos em um bom caminho”, declarou Raphinha recentemente ao canal TNT Sports Brasil.

Raphinha chega ao time do técnico Dorival Júnior com 27 gols e 21 assistências em 42 jogos nesta temporada pelo Barcelona, líder do Campeonato Espanhol e classificado para as quartas de final da Liga dos Campeões da Europa. Ele também é o brasileiro com mais gols (11) em uma única edição da Champions.

As credenciais de Raphinha parecem suficientes para brigar pela Bola de Ouro, que não vem para o Brasil desde 2007, com Kaká, e para assumir um papel de liderança na Seleção, cujos principais nomes não vêm conseguindo repetir as boas atuações por seus clubes. Com a ‘Amarelinha’, Vinícius Júnior, ganhador do prêmio The Best da Fifa em 2024, e Rodrygo tiveram números e atuações muito distantes das que costumam ter no Real Madrid. O próprio Raphinha teve um desempenho discreto. “Não sei [o motivo da diferença], de repente, pelo tempo que a gente tem de trabalho, a gente não consegue fazer 100% aquilo que o professor [Dorival] pede”, disse o atacante do Barcelona.

 

Dilemas no ataque

Muito pressionado por melhores resultados, Dorival Júnior não consegue encaixar o jovem sistema ofensivo da Seleção em meio às ausências de Neymar, de outros talentos criativos e de um centroavante de confiança. O treinador também tem lutado para encontrar uma solução para um problema crucial: o que fazer com Raphinha e Vini, que ocupam a mesma faixa do campo, pela esquerda? Contra dois adversários complicados, a Colômbia de James Rodríguez e a Argentina de Julian Álvarez, Dorival confia na versatilidade de seus atacantes, em sua capacidade de adaptação e de encontrar espaços na frente do ataque.

Créditos: Gazeta Esportiva Acesse nosso canal no WhatsApp