B-2 Spirit: o avião usado para lançar as bombas contra instalações nucleares do Irã
Avião furtivo mais caro do mundo pode lançar bombas de 13 toneladas contra instalações subterrâneas
Por Gazeta do Paraná

O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou neste sábado (21) que o país realizou ataques contra três instalações nucleares do Irã, marcando oficialmente a entrada americana no conflito entre israelenses e iranianos. Segundo Trump, os alvos foram as centrais de Fordow, Natanz e Esfahan.
“Concluímos com muito sucesso nosso ataque aos três locais nucleares no Irã”, declarou em sua rede Truth Social.
O ataque ocorre após uma semana de intensos combates aéreos entre Israel e Irã. Desde o início do confronto, Israel já havia anunciado ofensivas contra alvos militares e nucleares iranianos. Em resposta, o Irã lançou mísseis contra diversas cidades israelenses, incluindo Tel Aviv, Haifa e Jerusalém.
O bombardeio norte-americano mobilizou o B-2 Spirit, uma das aeronaves militares mais avançadas do mundo. Equipado com tecnologia de ponta, o B-2 é capaz de atravessar os sistemas de defesa mais sofisticados sem ser detectado, além de atacar alvos subterrâneos altamente protegidos, como as instalações nucleares iranianas.
Desenvolvido pela Northrop Grumman, o B-2 começou a ser projetado no final dos anos 1980. Cada unidade custa cerca de US$ 2,1 bilhões, o que o torna o avião militar mais caro da história. Inicialmente, os EUA planejavam fabricar mais unidades, mas a queda da União Soviética levou o Pentágono a reduzir a frota para 21 aeronaves.
O bombardeiro tem alcance de mais de 11 mil quilômetros sem necessidade de reabastecimento e pode ser usado em operações de alcance global, como já ocorreu em missões no Afeganistão e na Líbia.
A capacidade de destruição do B-2 é impressionante. A aeronave transporta mais de 18 toneladas de armamentos, incluindo duas bombas GBU-57A/B, conhecidas como “bunker buster”. Cada uma pesa 13 toneladas e é capaz de perfurar até 60 metros de concreto armado antes de explodir, sendo projetada exatamente para destruir bunkers e instalações subterrâneas.
O bombardeiro também mantém sua capacidade furtiva por armazenar todo o armamento em compartimentos internos, o que reduz sua assinatura de radar. A utilização do B-2 na operação demonstra o alto grau de complexidade militar envolvido e eleva o conflito a um patamar sem precedentes, acendendo o alerta para uma possível escalada global.
Até o momento, nem o governo iraniano nem a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) confirmaram a extensão dos danos nas instalações nucleares. O cenário permanece tenso, e novos desdobramentos são esperados nas próximas horas.
Com informações do G1
