Doleiro teve soltura determinada pelo TRF-4. Prisão preventiva decretada por juiz federal da Lava Jato foi considerada ilegal por desembargador. O doleiro Alberto Yousseff na CPI Reprodução O doleiro Alberto Youssef deixou a carceragem da Polícia Federal em Curitiba na noite desta terça-feira (21) após ficar um dia preso. A ordem de soltura é do desembargador Marcelo Malucelli, do Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), e atende a pedido de habeas corpus apresentado pela defesa do delator. Youssef foi preso nesta segunda-feira (20) em Itapoá (SC) por ordem do juiz Eduardo Appio, titular da 13ª Vara Federal de Curitiba, responsável pelos processos da Operação Lava Jato. O juiz federal determinou o retorno do delator ao regime fechado por afirmar que Youssef ainda tem dívidas com a Receita Federal e que o doleiro tem caráter voltado a "crimes do colarinho branco". O magistrado afirmou também que Youssef não vinha atualizando a 13ª Vara Federal sobre o endereço onde mora. A defesa do doleiro recorreu e entrou com pedido de habeas corpus junto ao TRF-4. O desembargador Marcelo Malucelli acatou o pedido. A ordem não foi cumprida porque, em audiência de custódia nesta terça, o juiz Eduardo Appio decretou novamente a prisão do delator, sob novos argumentos, e o habeas corpus perdeu o efeito. A defesa do doleiro voltou a recorrer ao TRF-4. Malucelli julgou o novo pedido e reiterou que a decretação da prisão preventiva de Youssef, de ofício, é ilegal. Leia também: Quem era o delegado de Polícia Civil que morreu após ser encontrado baleado no Parque Nacional do Iguaçu Ratinho Junior diz que uso de câmeras por PMs dependerá de testes que serão iniciados com polícia rodoviária Frentista que ateou fogo em cliente em posto de combustíveis se apresenta à polícia: 'Não tinha a intenção de tirar a vida', diz advogada A Lava Jato e o doleiro Iniciada em 2014, a Operação Lava Jato foi uma força-tarefa de combate a corrupção e lavagem de dinheiro na Petrobras. Boa parte das ações da Lava Jato tramitaram na 13ª Vara Federal Criminal de Curitiba, especializada em crimes financeiros e de lavagem de ativos, da qual o hoje senador Sergio Moro (União Brasil) era o juiz titular. As investigações feitas pela Polícia Federal revelaram a existência de uma quadrilha especializada em lavagem de dinheiro. O doleiro Alberto Youssef era apontado como um dos líderes do grupo e foi preso na 1ª fase da operação. Segundo o Ministério Público Federal (MPF), a operação devolveu R$ 4,3 bilhões aos cofres públicos e levou a 174 condenações em 1ª e 2ª instância. O Tribunal de Contas da União (TCU) estima que o esquema causou prejuízos de R$ 18 bilhões na Petrobras. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.
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