Viúva e amigos foram ouvidos no primeiro dia de audiências do caso de petista morto por bolsonarista no Paraná
Por Giuliano Saito
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Na quinta (15), novas testemunhas devem ser ouvidas, além do réu, o policial Jorge Guaranho. Audiência será online. Guaranho é acusado de matar, a tiros, o petista Marcelo Arruda. Caso foi em Foz do Iguaçu. O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro Reprodução A viúva e amigos de Marcelo Arruda, tesoureiro do PT morto pelo policial penal bolsonarista Jorge Guaranho no Paraná, foram ouvidos nesta quarta-feira (14), durante o primeiro dia de audiências de instrução do caso. Os depoimentos foram fechados - parte deles feitos em Foz do Iguaçu e outros de maneira online. Ao todo, 11 pessoas foram ouvidas - 10 convocadas pela acusação e uma pela defesa. Segundo a promotoria, os depoimentos são determinantes para a Justiça definir se o réu vai, ou não, a júri popular. Na quinta (15), novas testemunhas serão ouvidas. O número de convocados não foi divulgado. Entre as convocadas está a esposa de Guaranho, além do próprio réu. A programação é que o depoimento dele seja feito por videoconferência. Também de maneira online, ele acompanhou todas as audiências desta quarta (14), acompanhado do advogado. O g1 tenta contato com a defesa. Acusado de homicídio duplamente qualificado, Guaranho está preso no Complexo Médico Penal de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba, desde 13 de agosto. Em 9 de julho, Arruda foi baleado por Guaranho na própria festa de aniversário, que tinha como tema o PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido pelo policial, o petista revidou e baleou o bolsonarista. Veja outros detalhes do crime mais abaixo. Manifestações Nesta quarta-feira (14), Dalvanice Rocha, mãe de Guaranho afirmou ele agiu "em legítima defesa". Ela não estava no local onde o crime aconteceu. A declaração dela foi feita durante um manifesto de familiares do policial penal em frente ao Fórum de Foz do Iguaçu, antes do início das audiências de instrução. 'Foi troca de tiros em legítima defesa', afirma mãe de bolsonarista acusado de matar petista "A imagem mostra ele chegando com arma na cintura e desceu. E quando ele olhou, ele viu uma pessoa armada e ainda baixou três vezes a mão pra pessoa, baixar a arma. Foi isso aconteceu. Não tem vídeo nenhum mostrando ele chegando atirando em ninguém, foi troca de tiros, foi em legítima defesa", afirmou Dalvanice. Antes da audiência, familiares de Arruda também estiveram no local com faixas pedindo por justiça. A viúva e policial civil Pâmela Silva afirmou que não há como alegar "legítima defesa" de Guaranho, já que Arruda foi assassinado em seu próprio aniversário. Marcelo e Pamela horas antes do crime Arquivo pessoal "Esperamos de fato a justiça pela morte do Marcelo, que estava comemorando seu aniversário, onde foi brutalmente assassinado. [...] Não foi legitima defesa, ele chegou ameaçando, invadiu o local da festa, ele que sacou a arma. A legítima defesa foi do Marcelo. [...] Ele não está aqui para se defender", afirmou Pamela. Relembre: Registros de acesso às imagens do local onde tesoureiro foi morto foram deletados Laudo encontra terra no carro de policial bolsonarista que matou petista no Paraná Apoiador de Bolsonaro 'continuou normal' após ver em celular que festa tinha temática do PT Cronologia: assassinato de tesoureiro do PT O crime O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime: Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia Arte/g1 VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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