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'Vitória traz momento de paz para todos', diz mulher de tesoureiro do PT morto a tiros por bolsonarista sobre vitória de Lula

Por Giuliano Saito


Crime foi em 9 de julho. Marcelo Arruda foi morto a tiros pelo bolsonarista Jorge Guaranho na própria festa de aniversário que tinha temática do PT e de Lula. Lula venceu com 50,90% contra 49,10%, de Bolsonaro. Marcelo e Pamela horas antes do crime Arquivo pessoal "Estamos felizes porque ele sonhava com essa vitória e aliviados também por saber que essa vitória traz um momento de paz para todos, não só para nós. É isso que a gente espera, que as coisas aconteçam de forma justa", afirmou a policial civil Pamela Silva, mulher do tesoureiro do PT Marcelo Arruda, sobre a vitória de Lula na disputa para presidência da República no último domingo (30). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O crime que vitimou Marcelo foi em 9 de julho deste ano, em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. Ele foi baleado por Jorge Guaranho na própria festa de aniversário que tinha como tema o PT e Lula. Ao ser atingido pelo policial, o petista revidou e baleou o bolsonarista. Marcelo Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte. Guaranho, que é réu por homicídio duplamente qualificado, sobreviveu e ficou um mês internado no hospital. Depois foi levado para a cadeia. Relembre o crime mais abaixo. Pâmela contou que estava apreensiva no domingo antes do resultado, "mas foi um alívio", nas palavras dela, por representar a luta de Marcelo dentro do Partido dos Trabalhadores. Eleições em Foz do Iguaçu (PR): Veja como foi a votação no 2º turno Veja resultados do 2º turno das Eleições 2022 nas 399 cidades do Paraná Lula é eleito presidente do Brasil; no Paraná, petista recebeu 37,6% dos votos válidos Ela afirmou, no entanto, que existem outras batalhas que precisam ser vencidas para que episódios, como a morte do marido, não voltem a se repetir. “Eu venho pensando desde ontem que vencemos apenas uma batalha porque foi a vitória do Lula contra o Bolsonaro. Mas agora nós temos o bolsonarismo, esse não parou, esse continua e acho que foi isso que tirou a vida do Marcelo, essa essência do bolsonarismo, que prega violência, perseguição aos adversários. Então essa é uma nova batalha”, afirmou ela. Esperança na Justiça Pamela disse que o "alívio" no resultado também foi motivado por perceber que não era a única pessoa a desejar mudanças expressivas nos rumos do país. Além disso, ela pontua que a vitória trouxe a ela mais esperança e ânimo para lutar por Justiça pela morte de Marcelo. “Alívio por saber que não sou a única pessoa que pensa assim, que muitas outras pessoas também têm esse entendimento de que precisávamos de uma mudança urgente, que as pessoas não aguentavam mais viver como estavam. [...] Eu espero que com todo esse contexto, também no caso da ação penal do Marcelo, que ele se defina para que a gente tenha a resposta que merecemos que é a Justiça pela vida do Marcelo", afirmou Pamela. . Lula eleito Após a disputa mais acirrada desde a redemocratização e uma campanha turbulenta, marcada por uma polarização histórica, guerra suja nas redes sociais, batalha religiosa e episódios de violência, Luiz Inácio Lula da Silva (PT) foi eleito presidente da República no domingo (30), ao derrotar no segundo turno Jair Bolsonaro (PL), atual ocupante do Palácio do Planalto. Lula vence o segundo turno e volta para o terceiro mandato de presidente O resultado foi confirmado pelo Tribunal Superior Eleitoral (TSE) às 19h57, quando 98,81% das urnas já tinham sido apuradas (veja mais no vídeo abaixo). Àquela altura, o petista tinha 50,83% dos votos válidos e não poderia mais ser alcançado pelo atual presidente, que disputava a reeleição. Ao fim da apuração, Lula ficou com 50,90% (60,3 milhões de votos), e Bolsonaro, com 49,10% (58,2 milhões de votos). O policial penal Jorge Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. Ele assassinou a tiros Marcelo Arruda, tesoureiro do PT, durante festa de aniversário Reprodução Réu por homicídio duplamente qualificado Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho é réu por homicídio duplamente qualificado. A decisão é do juiz Gustavo Germano Francisco Arguello, que acolheu a denúncia oferecida pelo Ministério Público do Paraná. MP denuncia policial penal que matou a tiros tesoureiro do PT no Paraná e fala em motivação fútil por preferência política O juiz acolheu a avaliação do MP de que Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de "preferências político-partidárias antagônicas" e que o policial colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas. Relembre o caso O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime: Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia Arte/g1 VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.