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VÍDEO: Turista que ficou ilhada em Morretes com a família argentina lembra preocupação: 'Medo do aumento de água e choque elétrico'

Por Giuliano Saito


Marina Silva e família passavam as férias em Porto de Cima, no litoral. Rio próximo da casa em que eles estavam transbordou e todos tiveram que ser resgatados de bote pelo Corpo de Bombeiros. Família argentina é resgatada por Corpo de Bombeiros após alagamento em Morretes A psicóloga Marina da Silva, que ficou presa com a família argentina em uma casa de passeio depois do rio Nhudiaquara transbordar em Morretes, no litoral, falou do medo do avanço repentino da água. O caso aconteceu na noite da última terça-feira (3), depois de fortes chuvas atingirem a região. Assista acima. Marina e outras cinco pessoas da família precisaram ser resgatadas com um bote pelo Corpo de Bombeiros porque não conseguiam deixar a casa. Na hora do resgate, segundo a corporação, a água estava em 1,5 metro de altura, batendo na altura do peito dos adultos que estavam no local. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Marina lembra que quando a água começou a subir, ficou com medo de choque elétrico. "A maior preocupação é tentar conseguir ajuda pra conseguir resguardar a família. O jeito foi atravessar a propriedade com água até o peito, com medo do aumento de água e choque elétrico, para procurar ajuda na rua", comentou Marina. Marina, o marido Sebastian Castro são argentinos e moram em Curitiba. Na casa de passeio em que estavam no litoral, recebiam alguns familiares de Buenos Aires. Família Argentina é salva por bombeiros depois de ficarem ilhados em Morretes após alagamento Corpo de Bombeiros A psicóloga contou que o rio que transbordou atravessa a propriedade em que eles estavam. Quando a água subiu, Marina chegou a contatar o proprietário da casa, mas ele disse para ela não se preocupar. "Foram 10 minutos entre ele falar que não teríamos que nos preocupar e logo percebemos que o único acesso a propriedade estava sendo bloqueado pela água", lembrou. Tentando escapar Marina também contou que a família tentou sair de carro da casa, mas o local em que o veículo estava também tinha sido tomado pela água. O auxílio veio quando a família conseguiu pedir ajuda para um motorista que passava pela região. O homem contatou os bombeiros, que foram até a casa, desligaram a energia e resgataram a família. Segundo Marina, um dos familiares dela tem problemas cardíacos, o que aumentou a preocupação. "A profundidade em volta da casa já era de mais de 1,5 metro. Foi colocado um bote na água e retirados um a um até a rodovia em frente à residência que havia sido locada por eles", disse o bombeiro. Leia também: Imagens fortes: Câmera registra homem sendo agredido com capacete e depois morto a tiros Secretariado: veja quem são chefes de pastas no governo Ratinho Junior Violência: Taxista é roubada e estuprada por passageiros; suspeitos são presos A Defesa Civil encaminhou a família para um abrigo na cidade e forneceu alimentos e colchões para passarem a noite. "O carro ficou com água dentro e temos que levar ele na assistência técnica. Estamos com o corpo cheio de picadas de insectos e um resfriado forte depois de ficar debaixo da água", contou a psicóloga. Família de argentinos resgatados em Morretes após alagamento Corpo de Bombeiros Militar do Paraná Cabeça-d'água De acordo com o Corpo de Bombeiros, o rio transbordou após uma forte enxurrada de água que causou um fenômeno conhecido como cabeça d’água, chuva intensa localizada que causa aumento repentino do nível do rio. Segundo o Sistema Meteorológico do Paraná (Simepar), a região registrou 124 milímetros de chuva entre terça e quarta (4), o que representa uma quantidade alta acumulada. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.