VÍDEO: Motoristas param em acostamento e se arriscam atravessando quatro faixas de BR para saquear carga de carne
Por Giuliano Saito
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Segundo PRF, polícia tem intensificado ações para identificar motoristas que cometem furtos. Entre os flagrantes nos saques, estão motoristas de carros de luxo. Motoristas param em acostamento e se arriscam atravessando quatro faixas de BR para saques Motoristas que passavam pela BR-376 enquanto um caminhão pegava fogo se arriscaram para saquear a carga de carnes que o veículo transportava. Em um vídeo de câmera de segurança, eles aparecem atravessando quatro pistas da rodovia, em meio ao movimento de veículos, para chegar ao caminhão. Assista acima. O flagra foi feito pela centro de controle da Arteris Litoral Sul (ALS). Nas imagens, os carros de parte dos saqueadores aparecem estacionados no acostamento da estrada, o que também é ilegal. Entre os veículos identificados na ação está uma Land Rover, um carro de luxo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A cena foi divulgada em uma reportagem especial do Fantástico, exibida neste domingo (11). O caso aconteceu em junho deste ano, em Guaratuba, litoral do Paraná. As imagens registradas pelo centro de controle são repassadas para a Polícia Rodoviária Federal (PRF) e Polícia Civil (PC), que trabalham na identificação de suspeitos deste tipo de crime, pela legislação, categorizado como furto. Motoristas se arriscam em rodovia para furtar carga de carne Arteris Segundo a PRF, desde desde 2019, foram contabilizadas 509 pessoas detidas nas rodovias federais pelo crime de saque de carga. São mais de 100 por ano. De acordo com Fernando Oliveira, chefe da PRF no Paraná, as pessoas que participam dos saques se dividem entre “usuários da rodovia”, ou seja, aqueles que passam pelo local no momento do furto e se sentem à vontade para participar do crime; e também pessoas que integram organizações criminosas, objetivando a venda das cargas. Pela legislação, adquirir carga roubada é crime de receptação, com pena de prisão de um a quatro anos, além de multa. “Nós temos algumas pessoas identificadas que fazem esse tipo de crime já com uma cadeia de receptação pronta. Muitas vezes com a carga já até definida até antes do crime acontecer. Então eles já têm pra onde escoar essa carga saqueada [...] É fundamental que para interromper o crime de saque, ou minimizar a incidência dele, que sejam coibidas as práticas de receptação, que envolvem empresas que se beneficiam desse tipo de crime”, explicou Fernando Oliveira. Ações para identificação de suspeitos O gerente de operações da Arteris, José Acácio Júnior, explica que o centro de monitoramento da concessionária ajuda a polícia a identificar os saqueadores por meio de câmeras que ficam espalhadas nas rodovias federais. “O operador tenta buscar as imagens de placas para poder identificar e contribuir com o serviço da PRF. Tentar identificar quem são os saqueadores.” Leia também: BR-277: Faixa no km 33 da BR-277 é liberada, diz PRF Londrina: Polícia e bombeiros fazem buscas a criança de 2 anos que desapareceu Fofura: Vira-lata acompanha tutor em prova de ultramaratona e corre 80 km no PR Segundo o chefe da PRF, a polícia tem observado com frequência a participação de motoristas de carros de luxo ou de alto valor em saques de cargas que ficam na estrada após acidentes. “O que as equipes da PRF observam, no dia a dia, é que há comunidades carentes que de fato acabam se envolvendo nessa ação criminosa, mas muitas vezes usuários de rodovias, com carros novos, importados, de alto valor, de luxo, estacionam no acostamento, o que já é uma infração de trânsito, e se incorporam ao saque. Sem a menor necessidade material de participar daquele tipo de crime.” Ainda de acordo com o chefe da PRF, a polícia tem buscado realizar, de maneira cada vez mais completa, levantamentos que subsidiem as investigações sobre estes crimes. Prisões No crime de saque, no Paraná, as prisões de suspeitos costumam ser posteriores aos saques, mesmo com flagrante, porque quando a polícia identifica as ações, a primeira atividade que ela desempenha é para atender as vítimas. “Em muitas dessas ocorrências, quando a polícia chega com no máximo quatro policiais e com uma ou duas viaturas, se deparam com uma multidão de 100, 150 pessoas ou mais. O que acontece geralmente é que o saque acaba sendo interrompido pela polícia, e os nossos policiais se preocupam primeiro com a segurança do perímetro, atendimento a vítimas, que são as nossas prioridades", explicou Fernando. A PRF também reforça que, mesmo quando a carga fica espalhada na rodovia, ela continua sendo propriedade de alguém. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Veja mais notícias do estado no g1 Paraná.
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