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Três são presos em operações contra extorsão e agiotagem em Londrina

Por Giuliano Saito


Polícia Militar e Ministério Público comandaram as ações. Vítimas emprestavam dinheiro dos suspeitos e, sem conseguir pagar, passavam a sofrer ameaças. Policiais cumpriram mandados contra crimes de extorsão e agiotagem, em Londrina A Polícia Militar (PM) e o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) realizaram operações nesta terça-feira (30) contra os crimes de extorsão e agiotagem, em Londrina, no norte do Paraná. Três pessoas foram presas e 26 mandados de busca e apreensão foram cumpridos. A PM apreendeu R$ 15 mil em dinheiro, dezenas de cheques, notebook, duas armas sem registro, celulares e documentos. As duas quadrilhas investigadas tinham em comum o modo de agir. De acordo com as investigações, as vítimas emprestavam dinheiro dos suspeitos com juros muito acima do cobrado no mercado. Como não conseguiam pagar, passavam a sofrer ameaças. As investigações da PM começaram em janeiro depois de uma denúncia feita por uma mulher que disse ser vítima do grupo. Ela é moradora de Bela Vista do Paraíso. Segundo a polícia, a mulher fez um empréstimo junto a moradores da cidade e de Londrina e, depois, passou a receber ameaças de morte por não conseguir fazer o pagamento. De acordo com a polícia, interceptações telefônicas foram autorizadas pela Justiça e comprovaram a denúncia "Não só a principal vítima, mas familiares, pai, mãe, outras pessoas que estavam sendo vítimas. Já não configura só ameaça, seria uma extorsão, porque, valores muito acima, valores sendo cobrados com uso de violência, né?", afirma o major Ricardo Eguedis, da Polícia Militar. Três são presos em operação contra extorsão em Londrina Divulgação A investigações do Ministério Público apontam que desde 2018 uma outra quadrilha de agiotas atuava e fazia vítimas em Londrina. Um dos mandados judiciais de busca e apreensão foi cumprido na Prefeitura de Jataizinho. A suspeita é de que agentes públicos, ainda não identificados, estavam facilitando a construção de um loteamento na cidade que seria usado para lavar dinheiro do grupo. De acordo com o promotor que coordena o Gaeco em Londrina, Jorge Barreto, ao menos oito integrantes do grupo já foram identificados. "Também identificamos o que esse grupo fazia com o dinheiro auferido desses crimes, ou seja, lavagem de ativos, aquisição de diversos imóveis que foram identificados e foram objetos de sequestro e bloqueio por meio do judiciário", disse. A Prefeitura de Jataizinho foi procurada pela reportagem e disse que não vai comentar as investigações. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.