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A raça, denominada Pingo D´ouro, está há cem anos na família Taborda, moradora de Contenda. Espécie de galo, na região metropolitana de Curitiba, é considerada uma raridade Uma propriedade em Contenda, na região metropolitana de Curitiba, carrega uma tradição de família inusitada: um tipo de galo raro conhecido como Pingo D´ouro. Pertencente aos irmãos Eduardo e Osvaldo Taborda, a raça é cuidada pelos familiares há gerações. Tudo começou com um presente que o avô deles recebeu da avó: "Um dia a avó dele, veio visitá-lo, quando ele tinha vinte e cinco anos, e trouxe de presente para ele uma galinha, um galo com os pintinhos, os pintainhos. Ele manteve essa raça até o ano de 1990. Quando ele faleceu, meu irmão mais velho assumiu a criação”, explicou o comerciante Osvaldo Taborda. A raça, que era comum na região, foi chamada de Pingo D´ouro pela família, por causa do tipo de orelha mais amarelada. Ao contrário do que aconteceu na vizinhança, a criação dos Taborda não parou mais. Desde que essa raça de galo chegou na família, há pelo menos cem anos, ela sempre foi tratada com muito carinho e cuidado. Isso porque, ela é diferente nas características. Tradição centenária: família cria espécie de galo raro extinto na vizinhança. Reprodução/RPC A equipe de produção do Caminhos do Campo entrou em contanto com o médico veterinário Jorge Lima para verificar a raridade da espécie. A pedido da equipe, o especialista em aves entrou em contato com a família há algumas semanas para investigar o Pingo d´ouro. Segundo Lima, o galo apresenta características que estão em outros galos, porém o especialista garante nunca ter visto todas numa mesma raça. "Ele tem a crista rosa, que seria esse formato, e a crista serra. O "pingo de ouro" vem da orelha dele, no caso ovalada, que lembra o formato de gota, na cor amarela. Geralmente, é um branco amarelado, mas as outras raças apresentam na cor branca e ele apresenta na cor amarela. Perna bem amarela, assim como a pele do corpo, bem amarela também” comenta o médico veterinário. Com isso, os irmãos Eduardo e Osvaldo Taborda querem catalogar, ou seja, mostrar que o que criam é único. Para isso, uma regra é que os atributos passem dos pais para os filhotes, o que já ocorre na família. “A gente precisa fazer, é um trabalho de seleção. Então nós vamos buscas os melhores indivíduos dentro dessa raça, e aí vamos trabalhar geneticamente no padrão que a gente quer. A partir disso, vamos para outras etapas. Vamos precisar fazer o registro com o órgão competente, no caso o Adapar - é o órgão que faz fiscalização, regulamenta e licencia. Então, nesse caso, o criador vai passar por esse licenciamento e em cima disso, a gente vai dar sequência nos outros fatores. Por exemplo, talvez montar uma associação dessa raça e tudo isso são etapas para catalogar a espécie, no caso, a raça", explica Jorge, médico veterinário. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Leia mais notícias em g1 Paraná.
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