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Trabalhadores da Sanepar e da Copel enfrentam desafios em negociações e reorganizações internas

Na Sanepar, os empregados elegíveis para o PDV 2025 participarão de uma Assembleia Geral Extraordinária virtual no dia 23 de dezembro, às 9h, organizada pelo Saemac

Por Gazeta do Paraná

Trabalhadores da Sanepar e da Copel enfrentam desafios em negociações e reorganizações internas Créditos: AEN

Os trabalhadores da Sanepar e da Copel enfrentam momentos decisivos em suas respectivas negociações, marcados por mobilizações, pressões sindicais e a busca pela garantia de direitos e condições de trabalho justas. Em ambos os casos, os sindicatos vêm lutando contra  o que classificam como “inflexibilidade” das empresas para proteger os interesses das categorias, com avanços e desafios ainda em aberto.  

Embora em contextos diferentes, a luta dos trabalhadores da Sanepar e da Copel evidencia desafios comuns: a resistência das gestões em atender às reivindicações sindicais e o impacto direto que essas decisões têm sobre serviços essenciais prestados à população do Paraná.  

Na Sanepar, a garantia de reposição dos trabalhadores visa manter a qualidade do atendimento em serviços fundamentais, como captação e distribuição de água. Já na Copel, a luta sindical busca preservar direitos que garantem a valorização e segurança dos empregados, essenciais para a continuidade de um serviço eficiente em distribuição de energia.  

 

Na Sanepar

Na Sanepar, os empregados elegíveis para o Programa de Demissão Voluntária (PDV) 2025 participarão de uma Assembleia Geral Extraordinária virtual no dia 23 de dezembro, às 9h, organizada pelo Sindicato dos Trabalhadores na Captação, Tratamento e Distribuição de Água e Esgoto e Meio Ambiente do Paraná (Saemac). O programa, que busca reestruturar a força de trabalho da empresa, será deliberado pelos empregados, com votação online disponível até o meio-dia de 24 de dezembro.  

Após intensa pressão do sindicato, a Sanepar se comprometeu a repor o mesmo número de trabalhadores que optarem pelo PDV por meio do concurso público realizado em novembro deste ano. A decisão atende a uma demanda prioritária do Saemac, que apontava o risco do acúmulo de trabalho como um problema para a saúde e segurança dos empregados.  “O acúmulo de trabalho é um risco para os trabalhadores e para a qualidade dos serviços prestados à população. A reposição é uma vitória da nossa luta e garante um ambiente de trabalho mais seguro e justo”, afirmou Rodrigo Picinin, presidente do Saemac.  

Além da reposição, a assembleia discutirá a inclusão do compromisso formal no termo do PDV, a contribuição assistencial e outros temas de interesse coletivo. A mobilização sindical destacou a necessidade de paciência e união para alcançar conquistas duradouras, em um momento de grandes transformações para a empresa e seus trabalhadores.  

 

Na Copel

Enquanto os trabalhadores da Sanepar avançam em suas reivindicações, os empregados da Copel enfrentam um cenário marcado por intransigência nas negociações do Acordo Coletivo de Trabalho (ACT) 2024. O processo, que já passou por várias rodadas de assembleias e recusas às propostas da empresa, será retomado no dia 23 de janeiro.  

De acordo com o Sindicato dos Engenheiros no Estado do Paraná (Senge-PR), a postura da gestão da Copel tem sido de desinformação e descaso, dificultando avanços significativos nas negociações. Um dos pontos mais críticos é a recusa da empresa em garantir a retroatividade da data-base, o que coloca em risco direitos já conquistados pelos trabalhadores.  

“A lógica privatista que permeia a gestão da Copel trata conquistas legítimas como privilégios, reforçando a necessidade de resistência e união dos trabalhadores”, destacou Leandro José Grassmann, presidente do Senge-PR.  

Assim como na Sanepar, a mobilização sindical na Copel é vista como essencial para proteger os direitos dos empregados e garantir condições de trabalho justas. Os sindicatos reforçam a importância da unidade entre os trabalhadores para enfrentar a inflexibilidade das empresas e evitar retrocessos em conquistas históricas.  

 

Créditos: Redação Cascavel