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Titan: Dois anos da tragédia que chocou o mundo

Expedição turística rumo aos destroços do Titanic terminou em desastre e expôs falhas em segurança e regulamentação do setor

Por Gazeta do Paraná

Titan: Dois anos da tragédia que chocou o mundo

Nesta terça-feira (18), completam-se dois anos da tragédia que marcou a história da exploração submarina: o desaparecimento e posterior implosão do submarino Titan, da empresa OceanGate. A embarcação fazia uma expedição privada rumo aos destroços do Titanic, localizados a cerca de 3.800 metros de profundidade no Oceano Atlântico Norte, quando perdeu contato com a superfície.

Cinco pessoas estavam a bordo: o CEO da OceanGate, Stockton Rush; o bilionário britânico Hamish Harding; o explorador francês Paul-Henri Nargeolet; o empresário paquistanês Shahzada Dawood; e seu filho, Suleman Dawood, de apenas 19 anos. Todos morreram instantaneamente após a implosão do submersível.

Operação internacional e comoção mundial

O sumiço do Titan mobilizou uma intensa busca internacional por parte das autoridades dos Estados Unidos, Canadá e França, com navios, aviões e robôs subaquáticos sendo acionados. Quatro dias depois, no dia 22 de junho de 2023, a Guarda Costeira dos EUA confirmou a tragédia: destroços da embarcação foram localizados próximos ao Titanic, indicando uma implosão catastrófica.

A tragédia teve repercussão global e provocou forte comoção. A morte do jovem Suleman, que havia embarcado para acompanhar o pai em homenagem ao Titanic, ganhou destaque na imprensa internacional.

Falta de regulamentação e críticas à OceanGate

Especialistas criticaram duramente a OceanGate por operar o Titan sem certificações formais de segurança. A empresa usava um casco experimental de fibra de carbono e ignorava normas da indústria naval. Documentos revelaram que a OceanGate foi alertada diversas vezes sobre riscos estruturais do submarino, mas optou por seguir operando.

O desastre também acendeu discussões sobre a regulamentação de expedições de turismo extremo, uma indústria crescente, mas ainda pouco supervisionada em águas internacionais.

Hoje, dois anos depois, o caso do Titan continua servindo como alerta sobre os perigos de negligenciar protocolos de segurança em nome da inovação e do lucro.

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