RESULT

Testemunha diz em depoimento que suspeito de matar esposa negociou aplicação de R$ 5 mil no dia do velório, afirma polícia

Por Giuliano Saito


Investigação apura se crime teve motivação financeira. Depósito foi feito na conta de Franciele Rigoni, quando ela já estava morta. Marido é principal suspeito e está preso. Defesa reitera que ele é inocente. Polícia ouve novas testemunhas sobre morte de Franciele Rigoni A polícia ouviu nesta quarta-feira (14) novas testemunhas na investigação que apura a morte de Franciele Rigoni, encontrada morta dentro do próprio carro, em Colombo, no início do mês. O objetivo agora é saber se o crime teve motivação financeira. O marido dela, o empresário Adair José Lago, é o principal suspeito e está preso. A defesa dele reitera que ele é inocente. Uma das testemunhas ouvidas é um investidor, que disse ter sido convencido pelo marido da vítima a fazer uma aplicação de R$ 5 mil. O depósito foi feito na conta de Franciele, quando ela já estava morta. Segundo a testemunha, a negociação foi no dia do velório. O delegado Herculano Abreu é responsável pelas investigações e afirma que o depósito, com a vítima já morta, chamou a atenção. Franciele, 36 anos, foi encontrada morta dentro de carro em Colombo Reprodução A polícia acredita que Adair recebeu dinheiro de investidores para fazer diversos tipos de aplicação, entre elas criptomoedas, esquema de pirâmide financeira e apostas em jogos. Por enquanto, a polícia trata esses investidores como vítimas de outro crime. Testemunhas entregaram à policia planilhas e comprovantes de depósitos que variam de R$ 5 mil a R$ 70 mil. Um grupo de 37 pessoas afirma ter sido vítima de golpes aplicados por Adair. A polícia já confirmou que Adair era beneficiário de seguros de vida de Franciele que somam quase R$ 1,5 milhão. Mais detalhes: Polícia encontra troféu que pode ter sido usado no crime Tapete queimado por marido suspeito de matar a esposa em Colombo pode ter sangue da vítima, diz delegado O delegado explica que fez um pedido judicial para esclarecer movimentações bancárias sobre o seguro, por parte de Adair e de Franciele, e que aguarda a resposta. Segundo a corporação, os laudos da perícia devem ficar prontos na próxima semana. A investigação sobre a morte de Franciele deve ser concluída até o fim de junho. A defesa de Adair disse ter pedido coleta de DNA no carro da vítima para identificar possíveis vestígios de terceiros e reiterou que o marido afirma ser inocente. Sobre os supostos golpes financeiros, a defesa disse que Adair convidava as pessoas a investir no negócio, fazia contrato e prometia retorno mensal. De acordo com a defesa, os clientes do empresário estavam cientes dos riscos. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.