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Lavouras não se desenvolveram o suficiente; perdas em alguns municípios podem chegar a 30% do que era estimado, diz Seab. Clima instável de 2022 leva a perdas na produção de milho no oeste e sudoeste Muita chuva e frio em setembro no plantio e quase nada de chuva em novembro e dezembro, na fase de desenvolvimento. O resultado: estragos irreversíveis nas plantações. Os pés de milho estão secos na base e muito pequenos – plantas que já deveriam ter entre 2,1 e 2,2 metros de altura e ainda não cresceram tanto. Rafael Dalligna plantou 10 hectares em Dois Vizinhos, na região sudoeste. Ele mostra que as melhores espigas estão pequenas demais. “A espiga normal chega a ter 20% a 30 % a mais aqui e os grãos todos formados", diz. Em outra lavoura de 40 hectares, também em Dois Vizinhos, a quebra chega a metade da produção. Produção de milho é afetada pelo tempo instável na região oeste e sudoeste do Paraná Reprodução/Carlos Brito “A expectativa inicial era de 450 sacas e aqui, hoje, esperamos 200. Pelo preço dos insumos, isso acaba dificultando um pouco para o produtor”, diz o agrônomo Fernando Xavier. Segundo a Secretaria Estadual de Agricultura (Seab), há registros de quebras na produção de milho para grãos e para silagem em metade da região sudoeste e em várias cidades do oeste do estado. “Temos uma perda já importante na safrinha que é elevada para os padrões dessas microrregiões, mas que ainda, no contexto do estado, represente talvez 1,5% ou 2% da nossa estimativa, que era colher 3,7 milhões de toneladas. Mas como é um quadro que evolui de forma não homogênea, para o produtor local, para a microrregião, eu diria perdas de até 30% em alguns municípios na perspectiva que tínhamos de produtividade”, diz o secretário estadual da Agricultura, Norberto Ortigara. É o segundo ano seguido de perdas na produção de milho e muitos agricultores dependem da silagem pra alimentar os animais no inverno. O prejuízo de hoje ainda vai impactar em outras atividades, como a produção de leite e de carne. O milho que Rafael plantou vai alimentar as criações de ovelhas e de gado de corte. Ele estima uma quebra de 40% no volume da silagem, além da perda de qualidade. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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