Suspeitos de envolvimento em golpe que motoboys fingem ser de instituições financeiras são presos no Paraná
Por Giuliano Saito
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De acordo com a polícia, associação criminosa liga para as vitimas e as induzem a acreditar que um motoboy, representando a instituição financeira, iria recolher o cartão de crédito no endereço fornecido por elas. Operação contra o 'golpe do motoboy' é realizada Duas pessoas foram presas no Paraná pela Polícia Civil do estado na manhã desta quarta-feira (9) durante uma operação contra uma associação criminosa envolvida no golpe do motoboy. Os criminosos ligam para as vitimas se passando por funcionários de centrais de bancos ou instituições financeiras e, conforme a polícia, as induzem a acreditar que um motoboy da empresa iria recolher o cartão de crédito no endereço fornecido por elas. Segundo o delegado Emmanoel Davi, o prejuízo passa de R$ 150 mil. Segundo a polícia, foram presos os "intelectuais" da quadrilha que tiveram a quebra do sigilo bancário autorizada pela Justiça. Os suspeitos ficavam com grande parte do dinheiro arrecadado dos golpes, conforme a investigação. Essa é a segunda etapa da operação com 14 mandados de busca e apreensão e quatro de prisões temporárias. A polícia não divulgou as cidades em que os mandados são cumpridos. "No Paraná temos 15 vítimas que foram alvos dessa associação criminosa", diz o delegado Emmanoel Davi . Os presos, conforme o delegado, serão encaminhados para Curitiba onde devem ser interrogados. Polícia Civil faz operação contra quadrilha responsável por aplicar golpe do motoboy em mais de dez vítimas Divulgação/PC-PR A primeira fase da operação ocorreu em junho deste ano. Sete pessoas foram presas, além de maquinas de cartões apreendidas na ação que ocorreu em Ponta Grossa, nos Campos Gerais do Paraná, e nas cidades paulistas de Carapicuíba e São Paulo. Como funcionava o golpe? De acordo com o delegado, os golpistas ligavam para as vitimas se passando por instituição financeira. "As vitimas são abordadas pelos estelionatários e entregam o cartão de crédito para os motoboys e eles passam os cartões tanto fisicamente nas maquininhas que estão registradas em nome de laranjas que foram presos e fazem compras online", explica. Conforme as investigações, a quadrilha montou uma central telefônica se passando pelos bancos. Depois, as vítimas eram induzidas a acreditar que um motoboy da empresa iria recolher o cartão em um endereço de retirada. Com o intuito de dificultar o trabalho investigativo, eles ainda faziam transações entre si, para que não fosse descoberta a origem do dinheiro. Na primeira da operação, a polícia disse que um dos bancos teve prejuízo de R$ 97 mil, ao restituir às vítimas dos danos feitos pelos criminosos. Os suspeitos são investigados pelos crimes de estelionato e associação criminosa, entre os envolvidos estão os gestores financeiros e motoboys que iriam fazer a retirada dos cartões. Cuidados para não cair no golpe O delegado explicou que as instituições bancárias não mandam motoboys ou outras pessoas no endereço para fazer o recolhimento dos cartões ou solicitar senhas. "Se receber alguma ligação afirmando que houve um gasto do cartão de crédito ou pedirem os cartões para entregar ao motoboy, não faça a entrega, pois é um golpe", finalizou. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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