Ponto 14

Suspeito de envolvimento no assassinato de estudantes em colégio de Cambé é transferido para Complexo Médico Penal

Por Giuliano Saito


Suspeito, de 21 anos, passou por avaliação médica e foi transferido para cuidados com a saúde mental. Ele estava preso desde o dia do assassinato. Além dele, outros quatro homens estão detidos. Assassino chegou a ser preso, mas foi encontrado morto na prisão. Criança morre após escola ser invadida no Paraná Kathulin Tanan/ RPC Um preso de 21 anos suspeito de envolvimento na morte de dois estudantes no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do estado foi transferido para o Complexo Médico Penal de Pinhais, na região metropolitana de Curitiba, segundo a Secretaria de Estado de Segurança Pública do Paraná (Sesp). O crime ocorreu por volta das 9h de segunda-feira (19). Karoline Verri Alves, 17 anos, foi baleada na cabeça e morreu no local, e Luan Augusto, 16 anos, também levou um tiro na cabeça, foi hospitalizado, mas morreu um dia depois. Os dois eram namorados. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O assassino, de 21 anos, foi preso no mesmo dia do assassinato, mas foi encontrado morto na terça-feira (20), na cela onde estava na Casa de Custódia de Londrina (CCL). Ele dividia espaço com outro suspeito do crime. De acordo com a SESP, o preso transferido estava na Casa de Custódia de Londrina desde o dia do crime. Ele passou por avaliação médica no último fim de semana e vai receber acompanhamento psicológico no Complexo Médico Penal. O g1 procurou a SESP e informou que não dará mais detalhes sobre a transferência do suspeito. A Polícia Civil vai apresentar na manhã desta quarta-feira (28) o resultado do inquérito do assassinato, em uma coletiva, em Londrina. Cinco suspeitos presos Cinco pessoas foram presas suspeitas por envolvimento com o assassinato dos dois estudantes, em Cambé. Suspeito de 21 anos que assassinou os estudantes - preso em 19 de junho Suspeito de 21 anos que teria trocado mensagem com o autor dos crimes - preso em 19 de junho Suspeito de 18 anos preso em Gravatá, em Pernambuco. Teria ligação com o crime - preso em 21 junho Suspeito de 35 anos suspeito de ligação com o caso - preso em 23 junho Suspeito de 39 anos suspeito no envolvimento dos crimes - preso em 26 de junho Karoline Verri Alves e Luan Augusto Arquivo pessoal Os suspeitos O assassino de 21 anos foi contido por um homem que trabalhava ao lado da unidade de ensino e correu para o local assim que ouviu os primeiros tiros. Ele disse que era policial e segurou o homem até a chegada de outras equipes da PM. Segundo o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, o suspeito disse em depoimento que não conhecia as vítimas. Quem eram as vítimas Karoline morreu ainda no colégio. Luan foi levado em estado gravíssimo ao Hospital Universitário (HU) de Londrina, mas teve a morte confirmada na madrugada de terça (20). Além de estudarem no mesmo colégio, os dois frequentavam a mesma igreja. Keller Alves, mãe de Karoline, contou que encontrou por várias vezes a filha fazendo orações em chamada de vídeo com o namorado. "Ela lutava a favor da vida em todas as circunstâncias. Era uma menina de oração". Luan morava com o avô, Miro da Silva, que contou como era o relacionamento com o neto. Em entrevista à RPC, ele não aguentou a emoção ao descrever a dor de perder o adolescente e pediu um abraço à repórter Kathulin Tanan. Veja o vídeo abaixo. Avô de vítima de assassino em colégio pede abraço a repórter: 'não adianta palavras' Jardim de flores O local em que a aluna Karoline Verri e o aluno Luan Augusto estavam quando foram baleados dentro do colégio recebeu um jardim de flores em memória a eles. Antes, o local tinha uma mesa de tênis de mesa de concreto. Segundo a Secretaria de Estado de Educação (Seed), o canteiro tem flores de begônias e ixora. Uma árvore manacá-da-serra também foi plantada ao centro do canteiro. Depois do ataque, a escola passou por reformas para voltar a receber os estudantes. Entre as mudanças, a pintura do colégio foi alterada. Canteiro em homenagem a alunos mortos tem begônias, ixora e manacá da serra Reprodução Cobrança por mais policiamento Rodrigo Augusto, pai de Luan, disse temer que o episódio se repita se nada for feito pelas autoridades. "Vai acontecer de novo. Vai ser outro pai que vai chorar depois. O mal está aí. Esses caras comemoraram a morte do meu filho. Teve festa. Os governantes têm que se preocupar com as pessoas que estão voltando agora pra escola. A gente também tá precisando de carinho, mas esses alunos também. Eles estão arrebentados". Colégio Helena Kolody Kathulin Tanan/RPC Leia também Suspeito de matar idoso e atear fogo na casa dele se apresenta à polícia mais de um ano após o crime; entenda a reviravolta do caso Idoso e deficiente auditivo que não recebiam salário há mais de 15 anos são resgatados de condição análoga à escravidão, diz MPT O secretário de Segurança Pública garantiu que três mil policiais militares devem ser contratados para reforçar a segurança nos colégios estaduais. Retorno aos poucos Em Cambé, as aulas no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, onde o crime ocorreu, retornaram na segunda-feira (26), segundo a Secretaria de Estado de Educação. As aulas da rede municipal também voltaram na segunda-feira (26). Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.