O Supremo Tribunal Federal (STF) confirmou o trânsito em julgado da condenação da deputada Carla Zambelli (PL-SP) por ter perseguido um homem com arma em punho pelas ruas de São Paulo, em 2022. A decisão significa que não há mais possibilidade de recurso, e o cumprimento da pena deve ser iniciado.

Esta é a segunda condenação definitiva da parlamentar no Supremo. A primeira, de 10 anos de prisão, foi relacionada à invasão dos sistemas do Conselho Nacional de Justiça (CNJ). Pouco antes de ter a prisão decretada, Zambelli fugiu para a Itália, onde permanece presa enquanto aguarda a decisão da Justiça italiana sobre o pedido de extradição feito pelo Brasil. O Ministério Público da Itália já se manifestou favoravelmente ao pedido.

Em agosto, quando já estava detida no país europeu, o STF proferiu a nova sentença — por 9 votos a 2 —, condenando a deputada por porte ilegal de arma de fogo e constrangimento ilegal com uso de arma. Os crimes ocorreram na véspera do segundo turno das eleições de 2022, quando Zambelli sacou uma pistola e perseguiu o jornalista Luan Araújo pelas ruas e dentro de uma lanchonete, após uma troca de provocações durante um ato político no bairro dos Jardins, em São Paulo.

A defesa da deputada nega as acusações e alega perseguição política. Segundo o advogado Fábio Pagnozzi, “a deputada reafirma sua inocência e é vítima de perseguição”.

O STF também determinou a perda do mandato parlamentar de Zambelli, por ser incompatível o regime de prisão em fechado com o exercício do cargo. A efetivação da medida depende de ato da Mesa Diretora da Câmara dos Deputados.

Com informação da Agência Brasil