Durante uma audiência de custódia realizada no dia 5 de junho, o detento Sullivan Luiz Carlos, preso por tráfico de drogas, ameaçou representantes do Poder Judiciário, Ministério Público e Defensoria Pública de Minas Gerais. O caso ocorreu na comarca de Lavras, no Sul de Minas, e foi conduzido pela juíza de Direito Patrícia Narciso Alvarenga, do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG).

Sullivan declarou ser “inimigo número um do Estado” e afirmou que não se intimida com as instituições:

“Eu sou inimigo número um de vocês, certo? E quantas vezes for preciso eu ir pra biqueira, eu vou pra biqueira. Eu vou morrer nessa, entendeu? Então não adianta vocês pensar que intimida nóis, porque vocês não intimida nóis em nada.”

Diante da gravidade das declarações, a magistrada considerou a conduta do réu como ameaça direta às instituições públicas e decretou sua prisão preventiva.

“A habitualidade criminosa evidenciada, mesmo após intervenções do sistema de justiça, indica que as medidas cautelares diversas da prisão seriam insuficientes para conter a propensão do autuado à prática de novos crimes”, registrou a juíza na decisão.

Sullivan foi preso em flagrante no dia 3 de junho, após denúncias de disparos de arma de fogo e ser encontrado com 12 cigarros de maconha. Ele já havia sido detido anteriormente, no dia 28 de maio, por posse ilegal de arma, mas havia sido liberado no dia 1º de junho.

O comportamento hostil e a reincidência em curto espaço de tempo foram fatores determinantes para que o Judiciário decretasse a prisão preventiva. A juíza também citou a "alarmante postura" do réu e sua "predisposição para enfrentar o Estado e matar ou morrer pelo crime", como justificativas para a adoção da medida mais severa.