Seleção Brasileira vence Senegal com autoridade e eficiência ofensiva

A seleção brasileira venceu e convenceu. Com gols de Estêvão e Casemiro, o Brasil superou a forte equipe de Senegal por 2 a 0 e mostrou consistência diante de uma das principais seleções africanas da atualidade, talvez a mais forte do continente, em meio a um cenário de várias equipes com talentos individuais em ascensão.

No amistoso realizado no Emirates Stadium, em Londres, com foco na preparação para a Copa do Mundo, o time comandado por Carlo Ancelotti mostrou eficiência e controle do jogo. O ataque brasileiro criou mais, finalizou 14 vezes contra o gol senegalês e mostrou maior presença ofensiva. O adversário até tentou reagir, com 11 finalizações, mas poucas levaram perigo ao goleiro Ederson, que viveu altos e baixos na partida. A única grande chance de Senegal foi uma bola na trave de Ndiaye, após falha do arqueiro brasileiro.

O Brasil foi letal: dos seis chutes certos, dois viraram gol. Ambos saíram dentro da grande área, ponto forte da equipe. Foram 11 finalizações na área adversária, mostrando presença ofensiva e boa ocupação do espaço decisivo.

Senegal, por outro lado, trocou muitos passes no meio-campo com o trio formado por Gana Gueye, Pape Sarr e Idrissa Gueye, mas teve dificuldades na transição ofensiva. A defesa brasileira se manteve sólida: foram 17 desarmes, o mesmo número do rival, mas com 22 cortes de bola, contra 13 dos senegaleses.

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Um dos destaques foi Éder Militão, que novamente atuou “improvisado” na lateral direita, função que já exerceu no Real Madrid e na própria seleção. O defensor mostrou segurança e qualidade técnica. Foram dois dribles (um chapéu e uma caneta), seis recuperações de bola, três duelos vencidos e oito ações defensivas, entre interceptações, cortes e bloqueios.

Após a partida, Militão destacou o bom desempenho coletivo da equipe:

“Fico muito feliz de ver a evolução que a gente tem tido coletivamente. Quando os jogadores entendem o que o técnico pede, tudo fica mais fácil. Se jogarmos como grupo, como demonstramos hoje, será muito bom. Essa união não pode faltar”, disse o defensor.

Sobre atuar novamente na lateral, ele completou:

“Foi um jogo seguro. O Ancelotti me perguntou se eu teria problema em jogar na lateral, e eu disse que não. Já fiz isso na Copa e também no Real Madrid. Fico feliz de poder ajudar o time da forma que for necessária.”

Testes

O técnico Carlo Ancelotti aproveitou o amistoso para realizar testes e utilizou todas as seis substituições disponíveis. Wesley entrou no lugar de Gabriel Magalhães (que saiu sentindo a coxa), e João Pedro substituiu Matheus Cunha, ambos atuando pouco mais de 30 minutos. Paquetá e Luiz Henrique entraram nas vagas de Estêvão e Rodrygo, respectivamente, e jogaram os minutos finais. Já Fabrício Bruno e Caio Henrique entraram nos acréscimos.

As novidades da convocação, Vitor Roque, Juba e Fabinho, não foram utilizadas, o que indica que Ancelotti deve escalar uma equipe alternativa no próximo amistoso, contra a Tunísia, na terça-feira (18), em Lille, na França, às 16h30 (de Brasília).