Secretária da Educação de Guaratuba virá ré pela morte de DJ na Parada da Diversidade em Curitiba
Por Giuliano Saito
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Laurize Oliveira morreu após cair de trio elétrico, em 2022. Segundo investigação, Fernanda Estela Monteiro e outras quatro pessoas assumiram risco de matar. Defesa disse não foi intimada da decisão. Fernanda Monteiro, à esquerda, é proprietária de empresa contratada para o transporte da DJ e outros membros do evento em trio elétrico Reprodução A secretária municipal da Educação em Guaratuba, Fernanda Estela Monteiro, virou ré por homicídio doloso pela morte da DJ Laurize Oliveira e Ferreira, de 43 anos, que caiu de um trio elétrico após fios baterem no veículo. Para a Justiça, Fernanda, que é proprietária da empresa dona do veículo, assumiu o risco de matar. A denúncia contra ela e outros quatro acusados foi oferecida pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR), e aceita pela Justiça em 21 de junho. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A morte da DJ Laurize aconteceu em 15 novembro de 2022, quando ela tocava na Parada da Diversidade, em Curitiba. Na época da investigação, a polícia concluiu que a empresa mentiu a altura do veículo para realizar o evento. Leia mais abaixo. Em nota, a defesa dos réus disse que não foi intimada oficialmente sobre o aceite da denúncia. Afirmou, também, "que tudo será devidamente esclarecido com observância ao devido processo legal". A Prefeitura de Guaratuba disse que não vai se manifestar. DJ Laurize, de Goiânia, Goiás Reprodução/Instagram Outros réus Além de Fernanda, também viraram réus Luis Alexandre Barbosa, Edson Artur Borrin, Makaiver Sabadin de Lara e Sidnei José dos Santos. A decisão é do juiz Thiago Flores Carvalho. Segundo a Justiça, Luis Alexandre Barbosa e Sidnei José dos Santos trabalham para a empresa, mas sem relação formalizada. Ambos contrataram as pessoas que ficariam responsáveis pelo levantamento da fiação, mas não os prepararam para o trabalho e não forneceram equipamentos de segurança necessários para a função. Quanto a Makaiver Sabadin de Lara, motorista do trio, a Justiça entendeu que ele assumiu a responsabilidade da direção do trio elétrico mesmo não tendo a visão das fiações que poderiam colidir no caminho. No caso de Edson Artur Borrinn, a Justiça disse que ele assinou contrato de prestação de serviço para a locação dos trios elétricos, mas os veículos não pertenciam a ele, e sim a empresa da irmã dele, a secretária Fernanda. Para o juiz, a ação de Edson caracterizou terceirização informal. Quanto a Fernanda, o juiz disse que Leia também: Tragédia: Babá e bebê morrem em incêndio em casa dentro de condomínio de luxo Análise: Paraná é o terceiro estado com mais trechos perigosos em rodovias INSS: Veja datas de pagamento da 2ª parcela do 13º salário no Paraná Empresa mentiu para realizar o evento, disse polícia As investigações da polícia apontaram que a empresa mentiu a altura do veículo para conseguir uma Autorização Especial de Trânsito (AET) para trafegar no local do evento. Por conta disso, a polícia entendeu que os responsáveis pela empresa assumiram o risco de matar. À época, a delegada Camila Cecconello afirmou que, para conseguir a liberação, a empresa informou ao Departamento de Estrada e Rodagem (DER) que o caminhão possui uma altura de 4,95 metros. O veículo, na verdade, tinha 5,40 metros. Conforme a delegada, o DER disse à investigação que se a altura correta tivesse sido informada, teria negado a autorização. Relembre: Polícia indicia quatro pessoas por homicídio doloso pela morte de DJ Perfil: Veja quem era a DJ Laurize O acidente Trio elétrico estava na Rua Lysimaco Ferreira da Costa quando vítima caiu Giuliano Gomes/PR Press De acordo com a polícia, o acidente aconteceu quando durante uma curva. Conforme o veículo se aproximou da área que a vítima estava, um dos responsáveis por levantar cabos de alta tensão não teve força suficiente para executar a função. O cabo, então, atingiu o veículo e causou a queda da DJ. Um homem também caiu do trio e teve ferimentos leves. Conforme a polícia, 26 testemunhas foram ouvidas durante as investigações. Imagens de câmeras de segurança da região foram analisadas. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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