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RMC e Sul do Paraná registram seca em julho, aponta monitor com participação do Simepar

Em julho, a seca fraca retornou ao Sul paranaense, porém com menos intensidade do que no relatório de maio

Por Da Redação

RMC e Sul do Paraná registram seca em julho, aponta monitor com participação do Simepar Créditos: Roberto Dziura Jr/AEN

O volume de chuvas abaixo da média no mês de julho no Paraná ocasionou o registro de seca fraca no Sul do Estado e também na Região Metropolitana de Curitiba. As informações são do Monitor de Secas da Agência Nacional de Águas (ANA), publicado nesta segunda-feira (18). O estudo é realizado em parceria com vários institutos, entre eles o Sistema de Tecnologia e Monitoramento Ambiental do Paraná (Simepar).

No relatório anterior, referente a junho, os registros de seca desapareceram na região Sudoeste do Paraná, e a área de seca moderada recuou no Noroeste, Oeste e Sul do estado. Em julho, a seca fraca retornou ao Sul paranaense, porém com menos intensidade do que no relatório de maio. A Região Metropolitana de Curitiba, que não registrava seca desde 2022, em julho de 2025 passou a ter seca fraca. 

O mapa paranaense ficou, portanto, com seca moderada apenas na área de divisa com São Paulo, e seca fraca no Norte, Noroeste, Leste e Sul. Os impactos são de curto prazo no Leste e Sul, ou seja, com consequências maiores na agricultura, e de curto e longo prazo nas demais áreas: além da agricultura, o impacto também ocorre no abastecimento de água.

Apenas oito estações meteorológicas do Simepar atingiram ou ultrapassaram a média histórica de chuva para o mês de julho neste período de 2025: Altônia, Capanema, Cascavel, Foz do Iguaçu, Loanda, Santa Helena, São Miguel do Iguaçu, Toledo. A média de todo mês nestas cidades foi atingida em pouquíssimos dias. O resto do mês foi seco.

Em outras 36 estações, a média de chuva não foi atingida. A cidade que teve menos chuva em comparação a média foi Telêmaco Borba, onde a média para julho é de 94,7 mm e choveu no mês em 2025 apenas 11,8 mm, ou seja, uma diferença de 82,7 mm.

“A chuva ficou abaixo da média por conta de um bloqueio atmosférico sobre o sul do continente, que impediu que as frentes frias - sistemas meteorológicos que provocam chuva nesta época do ano - chegassem até o Paraná. Isto agravou a condição de seca em algumas regiões do estado”, explica Reinaldo Kneib, meteorologista do Simepar. 

BRASIL - No país, o Monitor de Secas aponta no relatório de julho duas áreas de seca extrema no Nordeste, rodeadas por uma grande área de seca grave. Também há registro de seca grave em uma área ao norte de São Paulo. Além do Paraná, também registram áreas com seca moderada o extremo norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Goiás, Minas Gerais, uma pequena área no Espírito Santo, todos os estados do Nordeste, Tocantins, Acre e um pequeno espaço no Amazonas.

A seca fraca, além do Paraná, atinge boa parte da área amazônica, Rondônia, Mato Grosso do Sul, e também está em algumas áreas de Santa Catarina, Minas Gerais, São Paulo, Espírito Santo, Goiás, Piauí, e uma pequena área a leste no Pará. Mato Grosso, Amapá e Roraima são os únicos estados que não registram seca. 

O MONITOR - O Monitor de secas iniciou em 2014 focado no semiárido, que sofria desde 2012 com a seca mais grave dos últimos 100 anos. Desde 2017 a ANA articula o projeto entre as instituições envolvidas e coordena o processo de elaboração dos mapas.

O Simepar todos os meses faz a análise das regiões Sul e Sudeste, utilizando dados como precipitação, temperatura do ar, índice de vegetação, níveis dos reservatórios e dados de evapotranspiração (a relação entre a temperatura e a evaporação da água). A cada três meses, o Simepar ainda coordena a elaboração do mapa completo.

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