No acumulado do ano, Toledo segue líder na geração de empregos no Paraná

Com 38.401 admissões e 33.553 desligamentos, município teve o maior saldo per capita entre janeiro e novembro entre cidades com mais de 100 mil habitantes
 

Toledo manteve a liderança estadual na geração de empregos formais quando considerados os resultados proporcionais à população entre os municípios paranaenses com mais de 100 mil habitantes. Dados divulgados nesta terça-feira (30) pelo Ministério do Trabalho e Previdência, por meio do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), indicam que o município registrou 38.401 admissões e 33.553 desligamentos entre janeiro e novembro, resultando em um saldo positivo de 4.848 novas vagas.

O desempenho coloca Toledo no topo do ranking estadual em termos relativos, com saldo de 30.167,83 empregos gerados para cada 1 milhão de habitantes, o maior entre as cidades analisadas. Na sequência aparecem São José dos Pinhais (19.601,01), Arapongas (16.789,76), Pinhais (15.930,82) e Londrina (15.918,97). Em números absolutos, o município figura na sexta colocação no Paraná no acumulado dos 11 meses.

A análise setorial do período mostra que o setor de serviços foi o principal responsável pelo resultado positivo no ano, com saldo de 3.672 vagas, decorrentes de 16.350 contratações e 12.678 demissões. O comércio aparece em seguida, com saldo de 474 empregos (7.543 admissões e 7.069 desligamentos). A indústria registrou saldo de 295 vagas (10.307/10.012), enquanto a construção somou 266 (2.991/2.725) e a agropecuária, 141 (1.210/1.069).

Oscilação – Apesar do desempenho acumulado, o comportamento do mercado de trabalho apresentou variação no recorte mensal. Apenas em novembro, Toledo registrou saldo negativo de 12 empregos, resultado de 2.851 admissões frente a 2.863 desligamentos. Para o gerente da unidade local da Agência do Trabalhador e diretor de Políticas de Emprego e Relações do Trabalho da Secretaria de Desenvolvimento Econômico e Turismo (Deseco), Vanderlei Timóteo, o dado precisa ser interpretado dentro de um contexto mais amplo. “É surpreendente a gente ter um saldo negativo em novembro, até porque tivemos uma das maiores ofertas de vagas do período”, observa. “Mas existem cenários que fogem ao controle local, que são os cenários macroeconômicos, e sabemos que eles acabam impactando de forma geral todos os municípios”, completa.

No detalhamento mensal, dois setores encerraram novembro com saldo positivo: serviços, com 210 vagas (1.196 contratações e 986 demissões), e comércio, com 58 (622/564). A indústria concentrou o maior déficit, com saldo negativo de 194 empregos, reflexo de 741 admissões e 935 desligamentos. A construção também apresentou resultado negativo, com -59 (207/266), assim como a agropecuária, que fechou o mês com saldo de -27 (85/112).

Contexto – Ao analisar o cenário, Timóteo destaca que os números locais seguem sólidos, ainda que influenciados por fatores externos. “Quando olhamos os nossos números, eles são extremamente positivos, mas dentro da macroeconomia há fatores, inclusive políticos, que interferem decisivamente em alguns setores”, avalia. “A gente sente que ainda existe uma certa retração, e muitas empresas acabam recorrendo à demissão como forma de manter equilíbrio financeiro e seguir ativas no mercado”, acrescenta.

Mesmo com oscilações pontuais, o estoque total de empregos formais – número de trabalhadores com carteira assinada – segue em trajetória de crescimento no município. O total passou de 62.115 vínculos em 31 de dezembro de 2024 para 66.949 em 30 de novembro de 2025, um aumento de 7,81%. Trata-se do terceiro melhor desempenho proporcional entre as cidades paranaenses com mais de 100 mil habitantes, atrás apenas de Fazenda Rio Grande (8,95%) e Almirante Tamandaré (7,87%), e à frente de Piraquara (7,55%) e Colombo (7,51%).

Perspectivas – Outro indicador que reforça a posição de destaque de Toledo é a relação entre empregos formais e população. Com 41,66% dos moradores empregados com carteira assinada, o município ocupa a segunda colocação no Paraná, ficando atrás apenas de Curitiba (45,68%) e superando Pinhais (39,94%), Maringá (39,85%) e São José dos Pinhais (36,56%). “Acreditamos que continuamos em uma trajetória de crescimento e que o próximo ano traz as melhores perspectivas possíveis; vamos seguir trabalhando para fazer isso acontecer”, projeta Timóteo.