Região de Londrina tem a maior superlotação carcerária do Paraná, mostra levantamento do Deppen
Por Giuliano Saito
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Cadeias de 18 cidades da regional de Londrina têm 6.607 presos, mas somente 4,5 mil vagas. Deppen afirma que construção de novas penitenciárias deve diminuir superlotação. Presos sofrem com superlotação em carceragem de delegacia no Paraná Danilo Pousada/GloboNews Dados do Departamento de Polícia Penal do Paraná (Deppen) revelam que a regional de Londrina tem a maior superlotação carcerária do estado. São 6.607 detentos para 4,5 mil vagas - um déficit de 2.107 vagas. Os números fazem parte do Mapa Carcerário do Deppen, atualizados nesta terça-feira (25). O Deppen possui nove regionais no estado. No total, o Paraná tem 33.642 pessoas presas e 28.429 vagas no sistema prisional, segundo o departamento. Veja abaixo o número de presos e o de vagas disponível por regional. SUPERLOTAÇÃO CARCERÁRIA NO PARANÁ Região é mais populosa, diz Deppen Segundo o Deppen, a região de Londrina tem 24 unidades prisionais, entre penitenciárias, cadeias públicas e centros que atendem detentos do regime semiaberto. Elas estão espalhadas em 18 cidades do norte e Norte Pioneiro do estado. Os municípios recebem presos de aproximadamente 80 cidades de toda a região, conforme o órgão. Em nota ao g1, o Deppen afirmou que a regional de Londrina tem a maior superlotação carcerária por ser a mais populosa e que, também por isso, tem mais cadeias públicas. O Deppen justifica que tem trabalhado junto às prefeituras da região com o objetivo de angariar os melhores espaços e terrenos adequados à construção de novas unidades. Na região, estão previstas a conclusão da ampliação da cadeia de Ivaiporã ainda em outubro e a entrega de uma nova cadeia em Arapongas em 2022. Como o g1 mostrou, o Governo do Paraná também planeja uma penitenciária em Ribeirão do Pinhal. As obras vão custar R$ 51 milhões e deve ser entregue no final de 2024. A previsão é de que a nova unidade abrigue até 800 presos. Menos presos em delegacias, e mais em cadeias O promotor Marcelo Adolfo Rodrigues integra o Grupo de Atuação Especializada em Segurança Pública (GAESP) do Ministério Público e avalia que o aumento da população carcerária, principalmente no norte do estado, é resultado de uma recente mudança na gestão dos presos. "No meu entendimento, a principal explicação para esse aumento é o fato de que a responsabilidade de cuidar de muitos detentos passou da Polícia Civil para o Deppen. Por isso, algumas regionais ficaram sobrecarregadas, como está acontecendo com Londrina", disse. Para o promotor, há outra saída para diminuir a superlotação nas cadeias além da construção de novos presídios. "Temos uma comissão em Curitiba que avalia os presos que podem receber algum benefício, como a tornozeleira eletrônica, por exemplo. É uma forma de evitar cadeias cada vez mais cheias", apontou. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.
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