Rede estadual retoma aulas em Cambé nesta quinta-feira (22), com exceção de colégio que teve alunos mortos
Por Giuliano Saito
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Na rede municipal de ensino, aulas continuam suspensas. Duas pessoas estão presas por suspeita de participação no crime. Investigação apura morte do assassino dentro da prisão. Escolas estaduais retomaram aula em Cambé nesta quinta-feira (22) RPC A rede estadual de ensino em Cambé, no norte do estado, retomou as aulas nesta quinta-feira (22), três dias após um assassino ter matado dois alunos na cidade. O Colégio Estadual Professora Helena Kolody, onde o crime aconteceu, continua fechado. Veja detalhes da investigação abaixo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram De acordo com comunicado da Secretaria de Estado da Educação que a RPC teve acesso, as aulas no colégio ficam suspensas até sexta (23) e devem ser retomadas na próxima segunda-feira (26). Na rede municipal de ensino, as aulas continuam suspensas. Até esta publicação ir ao ar, a prefeitura não tinha informado data para retorno. Na terça-feira (20), o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, disse que a Polícia Militar (PM-PR) vai reforçar a segurança de colégios estaduais com novos policiais militares, que estão se formando. São aproximadamente três mil agentes. Na manhã desta quinta, a RPC esteve em dois colégios estaduais da cidade onde não havia policiamento. Veja também: Comoção: Avô de jovem pede abraço a repórter em entrevista ao vivo Coragem: 'Senti que tinha que fazer alguma coisa', diz homem que conteve assassino Vítimas Karoline Verri Alves e Luan Augusto Arquivo pessoal O casal de namorados Karoline Verri Alves, 17 anos, e Luan Augusto, de 16 anos, morreram baleados. Karoline foi atingida na cabeça e morreu dentro da escola. Luan também foi atingido na cabeça, chegou a ser socorrido, mas não resistiu. No enterro dos dois, uma multidão acompanhou as últimas homenagens, marcadas por forte comoção. Em depoimento no mesmo dia da prisão, o criminoso disse que não conhecia Karoline ou Luan. Cortejo de jovem baleado em colégio, no Paraná Reprodução/RPC Karoline e Luan namoravam há cerca de um ano. Os dois frequentavam a mesma igreja, onde eram envolvidos nas atividades religiosas. O pai do estudante disse que o sonho do filho era ser perito criminal. A família disse que até tentou inscrever o adolescente em um curso na área. Dilson Antonio Alves, pai de Karoline, detalhou o que a filha representava para ele e os familiares. O caso Aluna morreu dentro de colégio após ex-aluno entrar na instituição e fazer disparos de arma de fogo Kathulin Tanan/ RPC O assassino, de 21 anos, entrou na escola na manhã de segunda-feira (19) dizendo que solicitaria documentos. Ele era ex-aluno da instituição. Dentro do local, ele fez pelo menos 16 disparos. Segundo o secretário de segurança púbica Hudson Teixeira, o rapaz deu tiros no corredor do colégio e foi até o local em que as vítimas participavam de uma aula de Educação Física. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná (Sesp) informou que com o criminoso foi apreendida uma arma, um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o ataque em Suzano, em São Paulo, além de uma machadinha e carregadores de revólver. Assassino encontrado morto Na noite de terça-feira (21), o assassino foi encontrado morto na Casa de Custódia de Londrina, onde estava detido. A causa da morte não foi divulgada. Segundo a Sesp, o detendo dividia a cela com o outro suspeito, de 21 anos, que é investigado por ter participado da ação. A Polícia Civil disse que investiga a morte. Dois suspeitos presos No dia do crime, um outro homem de 21 anos foi preso por suspeita de participação na ação. A polícia não detalhou qual o tipo de envolvimento dele com o caso. No mesmo dia, um adolescente de 13 anos foi conduzido até a delegacia, ouvido e liberado. Na quarta (21), um terceiro suspeito foi preso, este com 18 anos de idade. A prisão aconteceu em Gravatá, em Pernambuco, e o mandado de prisão foi expedido a pedido de autoridades do Paraná. O delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro, que conduz as investigações, informou que outros suspeitos podem ser identificados. Segundo a Polícia Civil, não há prazo para a conclusão do inquérito. Mais assistidos do g1 PR Leia mais em g1 Norte e Noroeste.
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