Reconstrução da Igrejinha do Lago aguarda captação de recursos
Além da busca por recursos, a gestão municipal também trabalha na regularização do espaço onde a nova estrutura será erguida, dentro do Lago Municipal

A reconstrução da tradicional Igrejinha do Lago, localizada no principal cartão-postal da cidade, está mais próxima de se tornar realidade. Segundo a secretaria de cultura, Beth Leal, o projeto arquitetônico já está concluído, com todos os detalhes estruturais definidos para que o espaço volte a fazer parte do cenário do Lago Municipal. No momento, o foco da administração é garantir os recursos financeiros necessários para a execução da obra, orçada em aproximadamente R$ 2,5 milhões.
De acordo com a secretaria, foram enviados ofícios ao secretário estadual de Turismo e ex-prefeito de Cascavel, Leonardo Paranhos, e ao deputado federal Nelsinho Padovani (União), solicitando apoio financeiro para viabilizar a reconstrução. A expectativa é que as respostas positivas viabilizem o início das obras ainda neste ano, conforme desejo do prefeito Renato Silva.
Além da busca por recursos, a gestão municipal também trabalha na regularização do espaço onde a nova estrutura será erguida, dentro do Lago Municipal. “Precisamos de todas as autorizações e liberações exigidas em lei para que a Igrejinha possa ser reerguida no local original, respeitando todas as normas ambientais e urbanísticas”, explicaram os responsáveis pelo projeto.
Desde o anúncio de uma nova reforma em 2021, pouca evolução foi registrada. Vários secretários de Cultura passaram pela pasta, parcerias foram cogitadas e projetos foram submetidos em busca de verbas estaduais e federais, mas sem avanços concretos. Em março de 2023, devido ao risco de desabamento, a estrutura precisou ser desmontada.
Na época, o custo estimado para a reconstrução era de R$ 1,4 milhão, com possibilidade de apoio da Sanepar e da Itaipu Binacional, mas as tratativas não se consolidaram. Agora, o novo projeto prevê uma área construída de 1.250 m², com espaços destinados a apresentações de dança e teatro, ações educativas, além de uma cafeteria e um mirante, reforçando o caráter cultural e turístico da futura edificação.
História
A Igreja Nossa Senhora de Fátima, uma das primeiras construções de Cascavel, foi erguida por migrantes alemães, italianos e poloneses no Distrito de São João d’Oeste e inaugurada em 1960, sob a bênção do então arcebispo de Toledo, Dom Armando Círio. Em 1987, por iniciativa do prefeito Fidelcino Tolentino, a igreja foi transferida para o Lago Municipal, no Parque Ecológico Paulo Gorski, localizado na Avenida Rocha Pombo. Após passar por um criterioso processo de restauração que preservou seu estilo original, o templo foi reinaugurado em 1993 como espaço artístico-cultural, tornando-se símbolo da memória e da identidade local. A estrutura representava não apenas o início da colonização da região, mas também um espaço que acolheu diversas manifestações sociais e culturais ao longo das décadas. Popularmente conhecida como "Igreja do Lago", a construção integra um projeto da administração pública voltado à preservação da história e do patrimônio de Cascavel.
Créditos: Da redação