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Réu por assassinato de tesoureiro do PT para de responder perguntas da acusação durante audiência na Justiça

Por Giuliano Saito


Jorge Guaranho respondia perguntas do MP de questões anteriores a crime, quando defesa dele interrompeu oitiva. Guaranho atirou em Marcelo Arruda que comemorava aniversário com temática do PT. O petista Marcelo Arruda (esq.) foi morto por Jorge Guaranho (dir.), apoiador de Bolsonaro Reprodução O policial penal Jorge Guaranho, acusado de matar o tesoureiro do PT de Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, parou de responder perguntas da acusação durante audiência de instrução na Justiça realizada nesta quarta-feira (28). Ele foi orientado pela defesa a ficar em silêncio, porém ao ser questionado pelo Ministério Público (MP-PR) sobre a vida pessoal antes do crime, Guaranho passou a responder. Quando o PM fez perguntas sobre o trabalho do policial, a defesa dele interrompeu o depoimento e a partir disso ele não falou mais. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Em 9 de julho Marcelo Arruda foi baleado por Guaranho na própria festa de aniversário com temática do PT e o ex-presidente Lula. Ao ser atingido pelo policial, o petista revidou e baleou o bolsonarista. Arruda não resistiu aos ferimentos e morreu no dia seguinte, 10 de julho. Guaranho sobreviveu e ficou um mês internado. Ele está preso e é réu por homicídio duplamente qualificado. Veja mais abaixo. Marcelo Arruda foi assassinado enquanto comemorava seu aniversário em Foz do Iguaçu REUTERS A defesa de Guaranho alegou na audiência de instrução desta quarta (28) que precisa de mais prazo para apresentar a defesa. A justificativa é que o último laudo do caso, o "croqui", que mostra a posição de cada pessoa no dia do crime, foi anexado ao processo na terça-feira (27). O laudo será usado, segundo a defesa, nas alegações quanto a qualificadora do crime de perigo comum. A defesa será apresentada por escrito, conforme os advogados de Guaranho. Depoimento de bolsonarista acusado de matar tesoureiro do PT é adiado após Justiça acatar pedido da defesa A defesa Marcelo Arruda disse que "homicídio qualificado é crime hediondo, qualquer que seja a qualificadora" e que Guaranho colocou em risco a vida de pessoas e que Marcelo agiu apenas para evitar que mais pessoas fossem mortas. Em nota a defesa afirmou ainda que "estão provados os fatos descritos na denúncia que o réu Guaranho deve responder por homicídio duplamente qualificado". A defesa de Guaranho, bem como a assistência de acusação e o MP-PR tem até 20 dias para apresentar as considerações finais. Depois deste prazo o juiz irá definir se Guaranho vai ou não a júri popular. VEJA TAMBÉM: Veja a cronologia do assassinato de tesoureiro do PT morto por apoiador de Bolsonaro Registros de acesso às imagens do local onde tesoureiro do PT foi morto por bolsonarista foram deletados, diz perícia Réu por homicídio duplamente qualificado Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho é acusado de homicídio duplamente qualificado por matar a tiros Marcelo Arruda durante uma festa de aniversário, que tinha como o tema o PT. O crime foi em 9 de julho, e Guaranho não era convidado do evento. Policial bolsonarista que matou tesoureiro do PT vira réu por homicídio duplamente qualificado O juiz acolheu a avaliação do MP de que Guaranho agiu por motivo fútil decorrente de "preferências político-partidárias antagônicas" e que o policial colocou a vida de mais pessoas ao efetuar os disparos no salão de festas. Relembre o caso Apoiador do presidente Jair Bolsonaro (PL), Guaranho é foi denunciado por homicídio duplamente qualificado por matar a tiros Marcelo Arruda durante uma festa de aniversário, que tinha como o tema o PT. O crime foi em 9 de julho, e Guaranho não era convidado do evento. Ao ser baleado, o petista revidou e também atirou no policial. Laudo encontra terra no carro de policial bolsonarista que matou petista no Paraná Laudo mostra que policial bolsonarista atirou 3 vezes contra tesoureiro do PT, que revidou com 13 disparos O infográfico abaixo mostra a ordem dos acontecimentos no dia do crime: Entenda ordem dos acontecimentos no dia do assassinato do petista baleado em festa de aniversário, segundo a polícia Arte/g1 VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.