Queimaduras levam mais de 8,3 mil pessoas ao atendimento e acendem alerta no fim do ano
Uso de fogos de artifício e maior exposição ao sol elevam risco de acidentes entre dezembro e janeiro
Créditos: Ari Dias/AEN
Mais de 8,3 mil pessoas procuraram atendimento ambulatorial ou hospitalar no Paraná por queimaduras entre janeiro e outubro de 2025. Os dados acendem um alerta para o período de fim de ano, quando o número de acidentes tende a aumentar devido ao uso de fogos de artifício e à maior exposição ao sol durante as férias.
De acordo com a Secretaria de Estado da Saúde, a média mensal é de 834 atendimentos relacionados a queimaduras em unidades de saúde do Paraná. Os casos variam entre lesões leves e quadros graves, que podem evoluir para risco de morte conforme a extensão e o grau da queimadura.
O aumento da incidência é esperado especialmente nos meses de dezembro e janeiro, período marcado por celebrações com artefatos pirotécnicos e maior frequência em praias, piscinas e balneários. As autoridades de saúde reforçam a necessidade de medidas preventivas para reduzir acidentes.
Em situações de queimaduras de primeiro grau, caracterizadas por vermelhidão na pele, a orientação é colocar imediatamente a área afetada sob água corrente fria, com jato suave, por cerca de dez minutos. Compressas frias e úmidas também podem ajudar a aliviar os sintomas iniciais.
Nos casos de queimaduras de segundo grau, quando há formação de bolhas, a recomendação é não furá-las, já que o próprio organismo reabsorve o líquido. Queimaduras de terceiro grau, lesões extensas, acidentes com produtos químicos ou choques elétricos exigem atendimento médico urgente, com acionamento do Corpo de Bombeiros pelo número 193 ou do Samu, pelo 192.
O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece atendimento integral e gratuito às vítimas de queimaduras. No Paraná, há 35 leitos especializados disponíveis, sendo 23 cirúrgicos e 12 de UTI. O Centro de Tratamento de Queimados do Hospital Universitário da Universidade Estadual de Londrina (UEL) e o Hospital Evangélico Mackenzie, em Curitiba, são referências nesse tipo de atendimento.
Mesmo quando não há necessidade de internação em leitos especializados, pacientes contam com uma rede hospitalar distribuída pelo Estado, com profissionais capacitados para o tratamento de queimaduras de diferentes gravidades.
Dados da Organização Mundial da Saúde (OMS) indicam que cerca de 11 milhões de pessoas sofrem queimaduras que exigem atendimento médico todos os anos no mundo. As lesões são responsáveis por mais de 180 mil mortes anuais, o que reforça a importância da prevenção.
