Quatro empresas apresentaram propostas para o leilão do lote 4 de rodovias do Paraná, marcado para esta quinta-feira (23), na B3, em São Paulo. Participaram do processo a Motiva (antiga CCR), a EPR, o Pátria e a Mota-Engil. O contrato prevê investimentos de R$ 10,8 bilhões ao longo de 30 anos. As informações são do Valor Econômico.

O projeto contempla 627 km de estradas federais e estaduais, conectando as cidades de Guaíra a Cornélio Procópio e Maringá a Diamante do Norte. O critério de escolha será o maior desconto sobre a tarifa básica de pedágio, cujo preço máximo foi fixado em R$ 0,16788 por km. Caso a oferta ultrapasse o deságio de 18%, o vencedor precisará realizar um aporte adicional de recursos, que serão vinculados ao projeto.

Desde 2023, o Paraná já realizou leilões dos lotes 1, 2, 3 e 6, arrematados por três dos grupos que participam desta licitação: Pátria (Via Araucária), Motiva (PRVias) e EPR (EPR Iguaçu e EPR Litoral Pioneiro). O lote 4 será, portanto, o quinto bloco a ser concedido dentro do programa estadual, que integra seis pacotes de rodovias concedidas em parceria com a União.

Na próxima semana, o último lote, bloco 5, será leiloado. Ele conecta Guaíra e Maringá a Cascavel, com expectativa de R$ 6,7 bilhões em investimentos. Segundo Guilherme Sampaio, diretor-geral da Agência Nacional de Transportes Terrestres (ANTT), a competição deve se repetir: “Neste ano, vão haver mais cinco leilões da ANTT. [O apetite do mercado] vai durar até 2026.”

Além dos projetos paranaenses, o governo federal planeja nas próximas semanas a licitação da Rota Sertaneja e de duas concessões da Arteris em repactuação junto ao Tribunal de Contas da União: Autopista Fluminense e Fernão Dias. O programa estadual e federal reforça o compromisso com obras de infraestrutura e ampliação da malha rodoviária nacional.