Professor de cursinho é suspeito de tentar transmitir questões de vestibular da UEPG com celular
Por Giuliano Saito
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Universidade reportou caso à Justiça, o que resultou em investigação do Gaeco. No domingo (5), operação flagrou professor com ponto eletrônico e microfone oculto em outro vestibular, da Unioeste. Gaeco apreendeu celular, ponto eletrônico e microfone oculto em uma tampa de caneta com o professor Gaeco Um professor de cursinho preparatório de Irati, nos Campos Gerais, foi alvo de uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) por suspeita de tentar fraudar um vestibular da Universidade Estadual de Ponta Grossa (UEPG). Segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR), a tentativa ocorreu no vestibular de 2022. Na ocasião, segundo a UEPG, o suspeito foi desclassificado e o caso reportado pela instituição à Justiça, o que deu origem à operação. De acordo com o MP-PR, no domingo (5) foram cumpridos três mandados de busca e apreensão contra o homem. Ele não teve o nome revelado. O MP-PR confirmou que apura uma possível existência de organização criminosa, mas não detalhou a quem o esquema poderia beneficiar. Entre os mandados contra o professor, um foi executado pessoalmente contra ele logo após o homem deixar o local onde realizava, neste domingo, o vestibular da Universidade Estadual do Oeste do Paraná (Unioeste). Ele prestava a prova em Curitiba. Leia mais abaixo. Com o suspeito, o Gaeco apreendeu um celular, um ponto eletrônico e um microfone oculto em uma tampa de caneta. Os equipamentos, conforme o órgão, seriam usados para transmitir e receber informações durante a realização do vestibular. Segundo Gaeco, investigação contra o professor de Irati está em fase inicial Gaeco Investigação em fase inicial De acordo com o promotor Antônio Juliano Souza Albanez, a investigação está em fase inicial. Até a tarde desta segunda-feira (6), o suspeito não tinha sido ouvido, mas ele e outras pessoas identificadas serão chamadas para depor. O MP não informou uma data de quando isso deve acontecer. O promotor afirmou que, agora, serão aguardados os resultados das perícias nos equipamentos apreendidos para ter mais detalhes sobre o caso. Outras tentativas de fraude do professor também foram identificadas, mas sobre elas o órgão não deu detalhes. Além do mandado na Unioeste, outros dois foram executados em endereços residenciais de Irati, onde atua o professor, e Ponta Grossa. Foram apreendidos documentos, celulares e computadores. Investigação sobre o caso na UEPG De acordo com o MP-PR, na investigação contra o homem motivada pelo caso da UEPG, o homem tentou utilizar um celular para transmitir as questões do processo seletivo. Na ocasião, ele estava inscrito para o curso de medicina. Procurada, a UEPG frisou que a operação é "resultante do rigoroso monitoramento de segurança dos vestibulares e processos seletivos" da instituição. Ressaltou, ainda, que "segue vigilante e severa contra todo e qualquer tipo de ameaça à integridade de seus processos seletivos". A universidade ainda afirmou que a investigação e consequente punição protege "tanto a UEPG quanto as demais instituições de ensino superior públicas do Paraná". Leia também: Violência: Suspeitos armados amarram funcionário e roubam fios de motores e bombas da Sanepar em Pitanga; diz polícia Dicas: Moradora gasta R$ 40 mil para eliminar cupins de casa; saiba como combater o inseto Caso Renata Muggiati: Após quase 8 anos, vai a júri namorado acusado de matar e jogar pela janela corpo de fisiculturista; relembre o crime O que diz a Unioeste Em nota, a Unioeste afirmou que tinha sido informada pelo Gaeco da operação e que contribuiu com a investigação para a situação de flagrante durante a prova. Justificou, ainda, que "a não identificação na entrada do local de prova dos objetos encontrados com o candidato foi previamente planejada, "pois do contrário, a operação não teria o fim esperado, culminando com a desclassificação do candidato". "Estaremos atentos e acompanhando os desdobramentos da operação, sempre colaborando contra toda e qualquer ação que possa descredibilizar este processo sério e responsável que é o vestibular Unioeste". VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.
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