Produtores encerram plantio de trigo no Paraná em 833,4 mil hectares
Os produtores paranaenses encerraram nesta semana o plantio de trigo, que cobre uma área estimada de 833,4 mil hectares
Por Da Redação

Os produtores paranaenses encerraram nesta semana o plantio de trigo, que cobre uma área estimada de 833,4 mil hectares. A estimativa mais recente ainda indica 2,7 milhões de toneladas, aumento de 16% em relação a 2023/2024, quando foram produzidas 2,3 milhões de toneladas. A informação consta no relatório semanal de colheita e cultivo divulgado nesta semana pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento.
“As condições estavam excelentes até 25 de junho, porém as geadas impactaram as lavouras em estágios reprodutivos, que se concentravam à época na região Norte”, disse o analista da cultura no Deral, Carlos Hugo Godinho. No dia 31 de julho o departamento divulga a primeira estimativa de produção de trigo após esse evento climático. A produtividade média é estimada em 3.220 quilos por hectare, significativamente acima dos 2.068 quilos por hectare registrados em 2023/24.
Segundo Godinho, o principal indicativo de redução é a análise da condição das lavouras a campo. Atualmente 82% da área estão classificadas como boas, 11% como médias e 7% estão ruins. Antes do frio intenso havia 99% boas e 1% em condição média. “Também já preocupa o grande número de dias sem chuvas na maior parte dos municípios do Estado, sendo as precipitações previstas para os próximos dias aguardadas com muita ansiedade no campo”, afirmou Godinho.
OUTRAS CULTURAS – O boletim também aponta que as lavouras de aveia mantêm desenvolvimento satisfatório, beneficiadas pelas temperaturas amenas e pela ausência de chuvas. Foi registrada redução no plantio da aveia branca em algumas regiões não tradicionais, com relatos de resultados insatisfatórios no ciclo anterior, assim como outras culturas, como trigo mourisco e centeio.
A colheita da batata da segunda safra está em fase final, com áreas sendo liberadas para implantação de novas culturas. Apesar de redução de área e produtividade em parte do Sul, os resultados foram compatíveis com as expectativas. Em alguns municípios, produtores têm colhido apenas para desocupar áreas, devido à baixa cotação, o que tem gerado prejuízos.
Os mandiocultores seguem com o preparo do solo e aguardam a ocorrência de chuvas para reiniciar o plantio. As expectativas indicam pequeno aumento da área plantada, mesmo com os preços atualmente considerados baixos. As condições climáticas também têm favorecido o avanço da colheita de cana-de-açúcar em várias regiões, mantendo ritmo normal e produtividade dentro do esperado.
Créditos: AEN