Produtores apostam no melhoramento genético para ganho de peso do gado do Paraná; entenda
Por Giuliano Saito

Tema é discutido na Expoingá, feira agropecuária vai até 14 de maio, em Maringá, no norte do estado. Melhoramento genético é tema na Expoingá O melhoramento genético para o ganho de peso do gado é um dos temas debatidos na edição 2023 da Expoingá, em Maringá, no norte do Paraná. O evento expõe algumas tecnologias de ponta atualmente usadas pelos produtores. Segundo os organizadores, a expectativa é que o total de negociações chegue a R$ 700 milhões neste ano. A Expoingá vai até 14 de maio no Parque Internacional de Exposições . Para que esses bichos engordem mais e também mais depressa, os criadores investem no melhoramento genético, feito ao longo de várias gerações da raça. “A gente procura sempre avaliar os animais e melhorar esses animais que tenham uma carcaça mais precoce, porque isso é dinheiro, é custo. Também, as fêmeas mais férteis e que produzem com idade mais jovem”, explica o diretor de pecuária da Sociedade Rural de Maringá, Jucival Pereira de Sá. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Produtores apostam no melhoramento genético para ganho de peso do gado do Paraná; entenda Reprodução/RPC Tecnologias utilizadas Entre as tecnologias desenvolvidas estão: inseminação a tempo fixo - quando todas as vacas são inseminadas ao mesmo tempo, reduzindo custos e prazos; transferência de embrião; fecundação in-vitro. Outro ponto crucial para obter um melhor desempenho dos animais é a alimentação. Pesquisas de campo e em laboratórios ajudaram no desenvolvimento de rações e complementos com absorção mais rápida pelo organismo do rebanho, o que facilita o ganho de peso, mesmo para animais que não estão em confinamento. “Além do pasto, ele precisa fornecer um alimento de qualidade. Uma ração, um milho, uma aveia, alguns grãos que auxiliem os animais nessa alimentação. Com isso, ele consegue ter essa precocidade que cada vez mais o produtor vem buscando”, destaca o zootecnista Luis Henrique Moreli Pangoni. Jucival acrescenta que 20, 30 anos atrás se abatia animais com cinco anos e uma carcaça com 450 quilos. Hoje, segundo ele, os animais são abatidos de 18 a 24 meses, pesando 600 quilos. "Então foi uma evolução de ganho genético e de conversão muito grande. Isso é trabalho de tecnologia e de investimento”. Leia também: Saiba como preparar pavê de abóbora maranhão Entenda como a quiropraxia é usada na reabilitação de cavalos atletas Cheia do Rio Paraná gera aumento da população de peixes no noroeste do estado Ao longo dos anos, com o avanço da tecnologia, as técnicas de melhoramento genético se tornaram mais acessíveis. O que antes era visto como inovação, atualmente é essencial para os pecuaristas. Beto Goes é criador e tem cerca de 500 cabeças de gado na propriedade em Astorga, no norte paranaense. Segundo ele, por mais que o melhoramento genético represente um custo a mais para o produtor, no final das contas, há retorno. “É um custo irrisório, pois se torna uma ferramenta que no futuro vai diminuir o tempo de abate. Hoje todo pecuarista que quiser qualidade na carne, desempenho do rebanho, tempo menor de abate, precisa fazer, principalmente, a avaliação da carcaça", comenta. A avaliação de carcaça é feita com um aparelho de ultrassom – com demonstração na Expoingá. O procedimento verifica também a capacidade reprodutiva de touros e vacas. O exame é uma das novas tecnologias na busca constante pela evolução dos animais e traz informações importantes que podem ajudar a melhorar também a qualidade da carne produzida, com um maior marmoreio, que é a gordura entre as fibras. “A qualidade da carne vem na precocidade do animal, no abate mais jovem e também no marmoreio, que é o que dá maciez. Nós estamos tendo essa evolução no rebanho”, completa Jucival. Vídeos mais assistidos do g1 Paraná: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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