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Problemas na BR-277 no Paraná atrasam escoamento da safra agrícola e exportações

Por Giuliano Saito


Cooperativas enfrentam dificuldades para chegar ao Porto de Paranaguá e já não têm onde armazenar soja que vem do campo, por exemplo. Exportadores desviam navios para outros portos. Cooperativas não conseguem mandar a carga da safra para o Porto de Paranaguá Os problemas registrados há meses na BR-277, que liga Curitiba ao litoral do Paraná, estão prejudicando o escoamento da safra no estado. Caminhões enfrentam dificuldades para chegar à rodovia considerada a principal rota para o Porto de Paranaguá. A estrada enfrenta problemas desde o ano passado, por causa de deslizamentos de terra. Na última semana, o asfalto afundou em outro trecho. O trânsito funciona em meia pista em dois pontos. Nas cooperativas, os caminhões chegam um atrás do outro, trazendo a soja recém colhida. Porém, a carga enche os armazéns, mas demora pra sair. A Coamo está entre as maiores exportadoras de grãos do país. Nesta safra, deve vender mais de quatro milhões de toneladas para a China, países da Europa, África e Oriente Médio. A maior parte das exportações é de soja, que já lota os silos próprios da cooperativa. Com dificuldades no transporte da safra, falta espaço pra estocar a produção. A cooperativa precisou providenciar silos temporários, as chamadas bolsas, e nove silos infláveis - cada um com capacidade para sete mil toneladas. Bolsas para armazenamento provisório dos grãos RPC Maringá Leia também: Caminhão pega fogo na BR-277 sentido litoral do Paraná; veículos seguem por uma pista Fungo de The Last of Us tem ‘primo’ no Brasil que 'domina' pequenos animais e é útil na agricultura; entenda Temporal atinge Bandeirantes e deixa cerca de 300 famílias desalojadas neste domingo (12); Governo decreta situação de emergência O presidente executivo da Coamio, Airton Galinari, explica que o setor está no pico da safra e a ocupação dos armazéns se tornou um problema sério. "Nós precisamos ir liberando espaços durante a safra para ir acomodando o produto que está vindo e, quando isso sofre uma interrupção ou sofre uma mudança na logística, a gente acaba tendo que optar o novas alternativas pra armazenar. E isso tudo gera novos custos não previstos", explica. O gerente de produção da Coamo, José Carlos de Andrade, explica que há um prazo máximo de armazenamento dos grãos. Na medida em que o tempo passa, a qualidade da soja diminui, o produto perder qualidade industrial, e o prejuízo só aumenta. "Estamos com muitos caminhões represados, devido a problemas na rodovia", diz. Os custos com o atraso no transporte e escoamento da safra só vão amentando. A Coamo calcula um prejuízo de R$ 600 mil por dia. Exportadores desviam navios para outros portos Com a imprevisibilidade da BR-277, exportadores também estão tendo que mudar rotas. Navios estão sendo desviados do Porto de Paranaguá para o de São Francisco do Sul, em Santa Catarina, por exemplo. A fila de navios no porto paranaense gera um custo milionário a exportadores. O diretor da Associação dos Terminais de Exportação de Paranaguá, André Miragliano, explica que um navio parado nessa espera custa cerca de 40 mil dólares por dia. De acordo com ele, essa conta acaba sendo paga por toda a cadeia produtiva. Fila de navios no Porto de Paranaguá gera aumento de custos a exportadores José Fernando Ogura/Arquivo AEN Os vídeos mais assistidos do g1 PR: 1:18": nós estamos no pico duma safra, uma safra bastante grande, onde o problema de ocupação dos armazéns é um problema serio, entao nós precisamos ir liberando espaços durante a safra para ir acomodando o produto que está vindo e quando isso sofre uma interrupção ou sofre uma mudança na logística, a gente acaba tendo que optar o novas alternativas pra armazenar. e isso tudo gera novos custos. Mais notícias do estado em g1 Paraná.