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Prefeito e vice de Agudos do Sul tem mandato cassado após denúncia de compra de votos

Por Giuliano Saito


Juíza Flávia da Costa Viana concedeu uma liminar para que os acusados continuem no cargo até o julgamento final do recurso na Justiça Eleitoral. Justiça Eleitoral cassa o mandato do prefeito de Agudos do Sul A Justiça Eleitoral decidiu pela cassação do mandato do prefeito de Agudos do Sul, na Região Metropolitana de Curitiba (RMC), Jesse da Rocha Zoellner (PP), e do vice-prefeito, Antônio Gonçalves da Luz (PSD), acusados de compra de votos via PIX. A decisão do Juiz eleitoral Thiago Bertuol de Oliveira, publicada na terça-feira (7), diz que existem provas de que os candidatos efetuaram "compra de votos" de ao menos dois eleitores. Às 23h55 de sexta-feira (9) a juíza Flávia da Costa Viana concedeu uma liminar para que os acusados continuem no cargo até o julgamento final do recurso na Justiça Eleitoral. Ministério Público Eleitoral pede cassação do mandato do prefeito e vice-prefeito de Agudos do Sul após denúncia de compra de votos Ambos foram eleitos em abril de 2022, em uma eleição suplementar, após a candidata eleita em 2020, Luciane Teixeira (MDB), ter a candidatura indeferida e ser reconhecida como inelegível. A denúncia que motivou a acusação de Jesse e Antônio foi protocolada inicialmente por Diego Luis Teixeira (MDB), que concorria contra a chapa na eleição suplementar. Além da cassação do mandato, o juiz determinou que prefeito e vice-prefeito ficarão inelegíveis pelos próximos oito anos e devem pagar uma multa R$ 10 mil. Jesse Zoellner (PP) foi eleito como prefeito de Agudos do Sul neste domingo (3) Divulgação Defesa do prefeito A defesa de Jesse da Rocha Zoellner afirmou que a ação é uma tentativa de revanche eleitoeira. "Busca-se, sem qualquer prova contundente, obter novo turno eleitoral às custas do judiciário que, até o momento, não se pronunciou sobre o mérito. Não há nos autos qualquer prova séria quanto à intenção de compra de votos, indispensável para que haja eventual condenação. A defesa do Prefeito democraticamente eleito ressalta que referida ação representa um desrespeito e um sério risco à estabilidade democrática de um município que já passou por eleições suplementares." A defesa de Antônio Gonçalves da Luz não foi localizada. Acusação Um eleitor disse que soube por colegas de trabalho que Jesse estava distribuindo dinheiro por PIX a quem entrasse em contato com ele por mensagem de texto. O eleitor fez contato e recebeu o dinheiro por transferência eletrônica. Houve quebra de sigilo das contas do prefeito e a justiça identificou outras 21 transferências por PIX realizadas nos dias anteriores à eleição. Os valores são de 30 a 400 reais, números redondos. Segundo a justiça, 14 foram para contas de pessoas físicas que são eleitoras em Agudos, na véspera e no dia do pleito. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.