Policiais rodoviários presos suspeitos de faturar mais de R$ 10 milhões com propina são soltos, determina TJ-PR
Por Giuliano Saito
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30 policiais foram presos em operação realizada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) e pela Corregedoria da Polícia Militar. Áudios revelaram como os agentes integrantes do esquema agiam. Defesa dos seis réus soltos disse que houve "ilegalidade na investigação". Dois policiais rodoviários são presos em desdobramento da operação Força e Honra Reprodução/RPC Seis policiais rodoviários estaduais suspeitos de envolvimento em um esquema de propina para liberação de cargas e desvio de mercadorias no noroeste do Paraná foram soltos após um pedido liminar de habeas corpus da defesa dos réus na terça-feira (27). Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram O Tribunal de Justiça do Paraná (TJ-PR) entendeu que houve excesso de prazo na duração da prisão cautelar dos policiais de quase dois anos após as prisões. 30 agentes foram presos em 2021 durante a operação "Força e Honra", deflagrada pela Corregedoria da Polícia Militar e pelo MP-PR contra o esquema. Os policiais trabalhavam em estradas da região de Maringá, no norte, e de cidades do noroeste. A suspeita é que os integrantes do esquema tenham faturado mais de R$ 10 milhões com propina e venda de mercadorias ilegais. A desembargadora do TJ-PR, Lidia Maejima, determinou medidas alternativas para que os agentes cumpram durante as investigações. Comparecimento mensal em juízo para informar e justificar as suas atividades e atualizar seu endereço; Proibição de ausentar-se da Comarca por mais de oito dias sem autorização judicial; Suspensão do exercício de função pública. Operação Gaeco cumpre mandados de prisão preventiva em Campo Mourão reprodução/RPC Em nota, o advogado de defesa dos seis réus, Claudio Dalledone Junior, disse que o processo "retroagiu" desde o início das investigações e que houve "ilegalidade na investigação". Os suspeitos respondem pela prática de organização criminosa, peculato majorado, corrupção passiva, falsidade ideológica e violação do dever funcional com o fim de lucrar. Cobrança de propina Áudios revelam esquema de cobrança de propinas que levou 30 policiais para a cadeia Em 2021, uma operação do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) prendeu 14 policiais rodoviários estaduais e um vereador de Campo Mourão, no centro-oeste do Paraná, segundo o Ministério Público do Paraná (MP-PR). Assista o vídeo acima. Além das ordens de prisão preventiva, a operação também cumpriu 54 mandados de busca e apreensão nas casas de 36 militares e quatro postos da Polícia Rodoviária Estadual, em Maringá, Iporã, Cruzeiro do Oeste e Cianorte. As investigações apuram um suposto esquema de pagamento de propinas a policiais rodoviários para a permissão da passagem de mercadorias importadas sem o pagamento de impostos, além de facilitação do tráfico de drogas. Conforme o MP-PR, os policiais também são suspeitos de ficar com parte das mercadorias de infratores que não aceitavam pagar a propina. Para isso, os agentes faziam boletins de ocorrência genéricos, ocultando informações. As ordens judiciais foram cumpridas nas seguintes cidades: Maringá Cruzeiro do Oeste Umuarama Goioerê Campo Mourão Paranavaí Maria Helena Doutor Camargo Mandaguari Tamboara Nova Esperança Uniflor Jussara Mandaguaçu Marialva Guaíra Cianorte Iporã Policiais rodoviários presos são suspeitos de faturar mais de R$ 10 milhões com propina e venda de mercadorias ilegais, aponta MP Leia também: Fiscais do TCE apontam que obras em trincheira de Londrina podem terminar em maio de 2024 por causa de atrasos Censo 2022: população de Londrina sobe 9,7% em 12 anos, revela IBGE Censo do IBGE: confira população atualizada dos municípios do Paraná Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias da região em g1 Norte e Noroeste.
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