Polícia Militar é acionada para conter confusão entre candidatos a deputado estadual no Paraná
Por Giuliano Saito

Imagens de redes sociais mostram João Bettega (Novo), soldado Fruet (Pros) e a mulher dele, Tatiane Fruet, em evento que era realizado em hotel. Polícia Civil informou que recebeu boletim da PM e que avalia quais medidas serão tomadas. Imagem mostra Tatiane agredindo Bettega Reprodução redes sociais A Polícia Militar foi acionada para atender a uma ocorrência envolvendo João Bettega (Novo) e soldado Fruet (Pros) - ambos candidatos a deputado estadual do Paraná - na quarta-feira (14), em Foz do Iguaçu, no oeste do estado. Nas redes sociais, há vídeo sobre a confusão. Nas imagens, aparece a mulher do soldado, Tatiane Fruet. Ela agride Bettega com um tapa na cara e também outro homem. Outro vídeo mostra que, além das agressões físicas, os envolvidos também trocaram ofensas. Conforme relato de Bettega, a confusão começou após ele publicar nas redes sociais um vídeo em que afirma que Fruet gastou cerca de R$ 170 mil com combustível durante o atual mandato na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep). Veja o que eles dizem mais abaixo. Fruet e a mulher Tatiane, que foi candidata à Prefeitura de Foz do Iguaçu em 2020, dizem que foram ao local da reunião de campanha de Bettega para tirar satisfação sobre as declarações. Soldado Fruet e Bettega trocaram ofensas Reprodução redes sociais A confusão Em nota, a Polícia Militar (PM) afirmou que atendeu a ocorrência na data dos fatos e que o Soldado Freut e João Bettega "teriam se envolvido em uma suposta situação de vias de fato em uma reunião de um partido". A PM informou que, ao chegar ao local, o soldado e a mulher não se encontravam mais no hotel onde ocorria o evento, mas que foi confeccionado boletim e orientações para Bettega. A Polícia Civil informou que recebeu o Boletim de Ocorrência (BO) da PM e que está avaliando quais medidas serão tomadas. O que diz Bettega Na última quarta-feira, dia 14/09, realizei um evento em Foz do Iguaçu com apoiadores da minha candidatura à Assembleia Legislativa do Paraná. Na ocasião, o deputado Soldado Fruet, sua esposa e assessores invadiram o local para intimidar os presentes. A discussão foi motivada por um vídeo, gravado por mim, explanando os gastos exagerados de R$ 170.000,00 no mandato de Fruet com combustível. Fruet e companhia já chegaram alterados e, em poucos minutos, começaram a agir com agressividade. Tatiana, a esposa de Fruet, desferiu um tapa no meu rosto e bateu em alguns dos nossos apoiadores. Os assessores impediam a defesa dos apoiadores, enquanto Tatiana desferia tapas e acuaram quem filmava a situação. Tatiana Fruet alega que, antes da confusão, foi chamada de “vagabunda” pelos nossos apoiadores. Ela mentiu! Temos diversas filmagens do ocorrido, inclusive em uma delas é mostrado o episódio na íntegra. Eu, assim como a minha equipe e apoiadores, repudiamos qualquer ato de violência moral ou física contra a mulher. Nós combatemos os privilégios do alto escalão do funcionalismo público e jamais partimos para a agressão contra qualquer pessoa. Inclusive, por causa do meu trabalho de fiscalização aos gastos excessivos dos deputados estaduais, sou o único paranaense proibido de entrar na Assembleia Legislativa do Paraná. Integra nota Fruet Na noite de quarta-feira (14), fui até o hotel onde o candidato a deputado estadual João Victor Mattos Leão Bettega (Novo) promoveu um evento em Foz do Iguaçu, onde também era aguardada a presença de Arthur do Val, deputado de São Paulo cassado após ofender mulheres ucranianas com frases sexistas. Meu intuito foi esclarecer pessoalmente questionamentos feitos por Bettega em suas redes sociais sobre gastos do meu mandato, já que ele vem se promovendo às custas de ataques aos parlamentares paranaenses. Só que ele omite informações e através de “meias verdades” dá a entender que são altos valores gastos em curto período de tempo, quando se referem ao montante de despesas efetuadas em todo o mandato, no meu caso, 43 meses, com intenção de denegrir o trabalho sério que realizo pelo povo paranaense. Semanalmente me desloco entre Foz do Iguaçu, onde moro, e Curitiba, para participar das atividades parlamentares da Assembleia Legislativa, um trajeto de 1.200 quilômetros entre ida e volta, que na maioria das vezes percorro de carro, um Gol 1.0 locado por R$ 1.250 mensais. Como as passagens aéreas para o principal destino turístico do Estado são muito caras, só utilizo avião quando consigo voos promocionais. Ressalto que não houve invasão ao local do evento público para o qual Bettega divulgou convite em suas redes sociais e repudio veementemente a agressão verbal dirigida à minha esposa por um apoiador do candidato, que a chamou de “vagabunda”. Minha esposa ficou muito abalada psicologicamente pela quantidade de xingamentos que recebeu nas redes sociais de seguidores de João Bettega e Arthur do Val, usando termos como prostituta, cadela, vagabunda e ameaças de morte. Por isso, registrou boletim de ocorrência na Polícia Civil, em respeito a todas as mulheres, já que o movimento ao qual pertencem está acostumado a xingar mulheres e Arthur do Val ficou famoso no Brasil pelas ofensas ao sexo feminino. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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