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Polícia Federal faz operação contra garimpo ilegal em três estados; tenente-coronel é suspeito de vazar informações para garimpeiros

Por Giuliano Saito


De acordo com a PF, operação investiga crimes contra o meio ambiente e a União, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. Ação foi realizada no Paraná, Amazonas, Rondônia. Polícia Federal cumpre mandados de prisão, busca e apreensão contra envolvidos em garimpo ilegal Rede Amazônica A Polícia Federal (PF) realizou, na manhã desta terça-feira (27), uma operação de combate ao garimpo ilegal em Manaus (AM), Porto Velho (RO) e Ponta Grossa (PR), onde mora um dos alvos. Trata-se de um tenente-coronel do exército, conforme apuração da Rede Amazônica. Ele não teve o nome divulgado. Segundo a PF, ele é suspeito de vazar informações para os garimpeiros. A operação investiga crimes contra o meio ambiente e a União, além de lavagem de dinheiro e formação de organização criminosa. As irregularidades de garimpo ilegal, apuradas de 2020 a 2023, acontecem em Japurá (AM), conforme a investigação. Leia mais abaixo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Segundo a PF, equipes cumpriram três mandados de prisão preventiva e oito de busca e apreensão. Segundo as investigações, o militar suspeito recebia propina dos garimpeiros que atuam na floresta amazônica para repassar informações sobre as operações policiais na área. A esposa dele também está envolvida. De acordo com a PF, os investigados podem responder pelos crimes de usurpação de patrimônio da união, extração irregular de minério e dano ambiental. Início da investigação De acordo com a PF, as investigações que resultaram na operação começaram em outubro de 2020, a partir da prisão em flagrante de duas pessoas na cidade de Ji-Paraná (RO). Eles foram detidos enquanto tentavam transportar 60 gramas de ouro, sem qualquer documentação. O material era avaliado em R$ 18.600. Um dos presos era de Curitiba e, de acordo com a PF, ele foi assassinado na frente de uma revenda de carros após ter sido solto em audiência de custódia. O crime foi em 14 de outubro de 2020. O homem era empresário e tinha 40 anos. Na época, por meio de aparelhos telefônicos apreendidos com os presos, a polícia identificou a existência de uma rede de exploração ilegal de garimpo na região de Japurá (AM). Leia também: Cambé: Polícia prende quinto suspeito de envolvimento no assassinato de estudantes Veja detalhamento: Governo do Paraná propõe reajuste de 5,79% a servidores Educação: IFPR abre processo seletivo com quase 7 mil vagas Garimpo ilegal e militar envolvido No inquérito que investigou o caso, a polícia confirmou a exploração ilegal de garimpo, liderada por um homem identificado como "gringo", que utilizava a esposa para facilitar transações ilegais com outro suspeito, comprador do ouro. Ao mesmo tempo, a investigação identificou a participação de militares de alta patente que recebiam valores regulares do comprador de ouro, por meio de uma empresa de importação e exportação de minérios. "Um militar supostamente repassa informações privilegiadas e interfere nas operações de combate aos garimpos ilegais. Sua esposa recebe valores em nome dos alvos já citados", disse a PF. Até esta publicação ir ao ar, a PF não tinha detalhado as circunstâncias da prisão realizada na operação, nem o que foi apreendido no cumprimento de mandados. Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias da região em g1 Campos Gerais e Sul.