PodParaná #94: Filhos da ‘Borboleta 13’ lembram lutas e personalidade da mãe, ícone do Centro de Curitiba
Por Giuliano Saito
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Teresinha Leonice Hevane dos Santos morreu em 29 de agosto, aos 72 anos, após meio século de trabalho no calçadão da XV. Filhos contam que, além de borboleta, Teresinha foi 'leoa' pela família. Teresinha Leonice Hevane dos Santos ganhou o imaginário popular com os famosos gritos 'Borboleta 13' e 'Cobra 33' para venda de bilhetes de loteria. Durante meio século ela fez história nos calçadão da Rua XV de Novembro, no Centro de Curitiba. Personalidade marcante, ela morreu na segunda-feira (29), aos 72 anos, após uma infecção generalizada. Teresinha, a Borboleta 13, vendia bilhetes de loteria no Centro de Curitiba Arquivo da família Em uma cerimônia intimista, os seis filhos da borboleta, netos, bisnetos, parentes e amigos se despediram de Teresinha na Cemitério do Santa Cândida, em Curitiba. Lá, eles gentilmente receberam o g1 para contar um pouco da história e da personalidade da Borboleta - o que o público não via nas ruas é o tema do episódio #94 do PodParaná. Neste episódio você vai ouvir: A filha da borboleta, Sandra Mara Hevane dos Santos Machado O filho da borboleta, Joelson Cezar Pedroso De onde Teresinha era Como ela era em casa Por que ela começou a vender bilhetes O que ela vendia antes dos bilhetes Por que a borboleta era um dos animais que ela mais anunciava PodParaná: toda sexta-feira um novo episódio. Ouça no G1 e em diversas plataformas Arte/RPC Local de trabalho Conhecida como 'Borboleta 13', Teresinha Hevane dos Santos morreu, aos 72 anos Arquivo/RPC Teresinha tinha lugar fixo no Centro: ficava sempre em uma esquina entre a Monsenhor Celso e a XV de Novembro. Ela chegava no local por volta das 9h. Nos últimos anos ela também fazia publicidade nos microfones de lojas no Centro, mas os bilhetes realmente eram o carro-chefe. Sandra, filha de Teresinha, explicou que a ligação da mãe com a borboleta sempre foi grande. A mãe chegou a ganhar na loteria com o bicho. No velório dela, a família colocou aos pés do caixão uma borboleta azul que Teresinha tinha e gostava muito. Era um dos enfeites da casa. Borboleta azul que dona Teresinha gostava ficou aos pés dela no caixão Caio Budel/g1/RPC "A borboleta 13 é o top dela. A borboleta é o principal. Ela ganhou com ela, não lembro quanto. E foi isso que permitiu ela comprar o primeiro terreninho... Daí ela fez negócio e pegou um mais ajeitadinho. Permitiu ela ter um começo, a casa toda no azulejo. Era o sonho dela. Ela realizou o sonho dela". Filha contou que Teresinha amava chapéus Arquivo da família A Sandra e o irmão Joelson Cezar contaram que a Teresinha tinha o riso fácil, mas ao mesmo tempo era uma mulher rígida. Nas ruas, além de borboleta, ela muitas vezes virou "leoa" para driblar comentários maldosos e para proteger os filhos, que tinham que acompanhar a mãe no trabalho ainda pequenos. Discurso em comum entre Sandra e Cezar é que a mãe sempre valorizou a família, priorizando a educação dos filhos. Teresinha e a filha, Sandra Arquivo da família "Ela tinha os momentos dela. Sabe né? Mãe sempre dá disciplina. Mas toda vida foi uma pessoa brincalhona, sempre alegre. Dava os gritos dela, às vezes umas brigas, mas era normal de uma mãe", disse Cezar. Você pode ouvir o PodParaná no g1, no Spotify, no Castbox, na Amazon, no Google Podcasts, no Apple Podcasts, no Deezer, no Hello You ou no aplicativo de sua preferência. Assine ou siga o PodParaná, para ser avisado sempre que tiver novo episódio no ar. O PodParaná tem episódios semanais que contam a história de moradores do estado e trata de temas importantes para os paranaenses. Para sugerir temas e interagir com a equipe, os ouvintes podem usar o aplicativo Você na RPC. VÍDEOS: mais assistidos do g1 PR Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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