PodParaná #120: Um ano após início da guerra na Ucrânia, refugiados reconstroem vidas no Paraná
Por Giuliano Saito

Entre ele está a professora Zhana Virna, que atua como cientista na PUC-PR. Ela deixou filho, neta e familiares no país do leste europeu. Pelo menos 30 mil civis morreram no conflito, segundo governo norueguês. Mais de um ano depois do início da invasão da Ucrânia pela Rússia, em 24 de fevereiro de 2022, refugiados do leste europeu reconstroem aos poucos a vida em terras paranaenses. Entre eles está a doutora em psicologia Zhana Virna, que agora atua como cientista na Pontifícia Universidade Católica do Paraná (PUC-PR), em Curitiba. Além do país natal, ela deixou para trás o filho e a neta. "Qualquer mudança para uma pessoa é sempre uma situação estressante, mas a longa distância de chegada em Curitiba, em outro continente, e a adaptação foram fáceis. E tudo graças a boas pessoas, relações de amizade e gentileza que senti", contou. Guerra na Ucrânia: Veja detalhes do conflito De acordo com números do Governo da Noruega, a guerra já matou pelo menos 30 mil civis, além de 180 mil mortos ou feridos no exército russo e 100 mil do lado ucraniano. 29 de abril - Imagem aérea de Irpin, na Ucrânia, mostra a destruição de edifícios residenciais causados pela invasão russa Valentyn Ogirenko/Reuters Diante da importância histórica da guerra e dos desdobramentos em terras brasileiras, o episódio #120 do PodParaná retrata como tem sido a vida de ucranianos que vieram para o estado em busca de um recomeço. Participam deste episódio: Zhana Virna, refugiada ucraniana que atua na PUC-PR; Vitaliy Arshulik, pastor ucraniano que vive em Prudentópolis e que atuou na recepção dos compatriotas; William Batista, repórter da RPC Guarapuava que acompanhou a mobilização em Prudentópolis desde o início da guerra . Destruição na Ucrânia após invasão russa Getty Images via BBC Ligação do Paraná com a Ucrânia Prudentópolis, município da região central do Paraná, abriga a maior comunidade ucraniana do Brasil. A forte presença da cultura do país do leste europeu na cidade teve grande importância ao recepcionar os refugiados. Como imigrantes e descendentes consolidaram Prudentópolis como a Ucrânia brasileira Prudentópolis possui a maior comunidade ucraniana do Brasil Lucas Henning/RPC O ucraniano Vitaliy Arshulik é pastor, missionário, e mora há cinco anos no município junto à família. Ele atuou fortemente na recepção dos conterrâneos. Agora, mais de um ano após a invasão, ele conta que muitos refugiados pretendem retornar ao país de origem. Segundo ele, muitas mulheres com filhos estão longe dos maridos (obrigados a ficar no local) e sentem falta de casa. Cobertura especial Para William Batista, da RPC, cobrir de perto a vida de refugiados na região central do Paraná foi uma experiência inesquecível. Segundo o jornalista, o trabalho também foi uma lição de vida sobre valorização do que se tem e de quem se ama. O paranaense acompanhou de perto a chegada de ucranianos e, um ano após o começo do conflito, voltou a Prudentópolis para retratar como viviam as famílias. Repórter da RPC acompanhou vida de refugiados ucranianos no Paraná William Batista/RPC No PodParaná, William conta sobre os momentos mais marcantes que viveu. "Duas falas me marcaram bastante dessa segunda vez que eu falei com ucranianos que estão aqui na nossa região. A primeira delas de uma criança de 11 anos que aprendeu a se comunicar em português porque passou a frequentar uma escola em Guarapuava, lê muito bem em português. E ela disse que o sonho dela é que a guerra acabe", contou. VÍDEOS: Mais assistidos do g1 PR A Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/parana/podcast/pod-parana/noticia/2023/03/03/podparana-120-um-ano-apos-inicio-da-guerra-na-ucrania-refugiados-reconstroem-vidas-no-parana.ghtml