Ponto 14

'Pode fazer isso com outras pessoas', diz filha que perdeu pai atropelado por motorista que fugiu sem prestar socorro

Por Giuliano Saito


Darci Ferreira transitava de motocicleta pela BR-277 quando foi atingido por carro que fez conversão em local proibido. Filha e esposa da vítima percorrem empresas próximas ao local do acidente para juntar informações e ajudar a polícia a identificar autor da batida. Darci Ferreira era servidor público da Secretaria de Agricultura de Cascavel Arquivo Pessoal Uma semana após a morte de Darci Ferreira em um acidente de trânsito, a filha e a esposa dele contaram à RPC que percorrem empresas próximas ao local do acidente para juntar informações e ajudar a polícia a identificar autor da batida. "Uma pessoa que faz esse tipo de atitude pode fazer isso com outras pessoas. Quero que ninguém sinta o que a gente tá sentindo, não quero que mais famílias passem por isso", afirmou Bruna Fonseca Ferreira, filha da vítima. Darci Ferreira trabalhava na Secretaria de Agricultura e transitava de motocicleta pela BR-277 quando foi atingido por um carro que fez uma conversão em local proibido, na terça-feira (4). O servidor caiu na pista e o motorista do veículo fugiu sem prestar socorro. Em seguida, Darci foi novamente atropelado por outro carro que passava pelo local. Polícia procura homem que provocou acidente na BR-277, em Cascavel A omissão de socorro do motorista do primeiro veículo foi responsável pela morte do servidor, segundo o inspetor da PRF Ricardo Salgueiro. "Provavelmente esse condutor perdeu a vida no atropelamento e não na queda da motocicleta. Se ele [o motorista] tivesse parado no local e feito a sinalização, o atropelamento provavelmente não teria acontecido e uma vida teria sido preservada", afirmou Salgueiro. Leia também: Número de casos de motoristas que causam acidentes e fogem sem prestar socorro sobe 71% em Curitiba Até a publicação desta reportagem o suspeito não tinha sido encontrado. A Polícia Civil informou que continua investigando o caso e que se a população tiver informações sobre o motorista deve acionar as autoridades por meio dos telefones 181 ou 197. Local possui placa que indica que conversão é proibida no trecho Reprodução RPC Segundo a polícia, o motorista pode ser punido com seis meses a quatro anos de prisão por omissão de socorro e também por homicídio culposo, além de receber multa e punições administrativas por conta da conversão proibida. 'Não teve capacidade de ajudar' Mãe e filha de servidor contam que visitam empresas próximas ao local do atropelamento para ajudar nas investigações da polícia. Reprodução/RPC Câmeras de segurança registraram o acidente. As imagens mostram que logo após o atropelamento, o motorista do primeiro veículo para o carro e recolhe o para-choque e a placa do veículo que haviam caído na pista. "O que mais dói é saber que esse homem que fez isso com meu pai teve a capacidade de se preocupar mais com os vestígios do local. Ele juntou o para-choque e a placa do veículo, mas não teve a capacidade de ajudar o meu pai", relatou Bruna. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias da região no g1 Oeste e Sudoeste.