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PM morre em perseguição e motorista é preso após série de crimes em Cascavel

Perseguição policial termina em tragédia em Cascavel: o PM Ariel Rubenich morreu após ser atingido por motorista em fuga

Por Da Redação

PM morre em perseguição e motorista é preso após série de crimes em Cascavel Créditos: Ailton Santos/Colaboração

A cidade de Cascavel amanheceu em luto nesta quarta-feira (26) após a morte do policial militar Ariel Julio Rubenich, de 34 anos, vítima de um grave acidente durante uma perseguição policial na noite de terça-feira (25), na região oeste da cidade. O militar seguia em uma motocicleta pela Avenida Tancredo Neves quando foi atingido por um motorista em fuga, colidiu contra uma árvore e não resistiu aos ferimentos, morrendo dentro da ambulância após receber massagem cardíaca.

A perseguição teve início por volta das 20h, quando equipes da Polícia Militar tentaram abordar um Passat branco que realizava manobras arriscadas e desrespeitava normas de trânsito. O motorista, identificado como Edson Ferreira da Cruz, fugiu em alta velocidade, avançou preferenciais, dirigiu na contramão e colocou em risco motoristas, motociclistas e pedestres. Segundo a polícia, em determinado momento ele lançou o carro contra a moto conduzida por Ariel, provocando o acidente fatal.

Mesmo após atingir o policial, Edson continuou fugindo. A perseguição seguiu por várias vias até a Rua Tapajós, no bairro Santo Onofre, onde ele foi finalmente detido. No local, familiares tentaram impedir a ação policial, e três pessoas foram conduzidas à delegacia por desobediência e perturbação do trabalho policial.

A tragédia ganhou ainda mais contornos dramáticos quando a mãe do motorista passou mal ao presenciar a prisão do filho. Ela foi levada à UPA Tancredo Neves, mas não resistiu a um infarto e morreu pouco depois. A identidade dela não havia sido divulgada até o fechamento desta matéria.

O delegado Rogerson Salgado, que atendeu a ocorrência, afirmou que Edson possuía diversas passagens pela polícia, incluindo tráfico de drogas, tentativa de homicídio e direção perigosa. No depoimento prestado após ser detido, ele admitiu ter usado cocaína instantes antes da perseguição e disse ter fugido “por medo”. O teste do bafômetro indicou 0,00 mg/L, mas 6 gramas de maconha foram encontradas no veículo.

Edson foi autuado por homicídio qualificado, direção perigosa, desobediência, resistência, dirigir sem habilitação, porte de drogas para consumo pessoal e participação em disputa não autorizada. O delegado classificou o caso como “uma tragédia que acabou com duas famílias”, destacando que Ariel, além de policial exemplar, deixava esposa grávida, uma filha de quatro anos e outro bebê de seis meses.

O corpo do militar foi velado na Capela Master da Acesc até a tarde de quarta-feira e seguiu para Santo Antônio do Sudoeste após um cortejo e uma homenagem. Na cidade do interior, familiares darão continuidade às últimas homenagens antes do sepultamento. A Polícia Civil segue investigando todos os desdobramentos do caso.

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