PF e Receita Federal cumprem mandados em Foz do Iguaçu contra grupo investigado por importar cosméticos de forma ilegal
Por Giuliano Saito
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Produtos eram trazidos pela fronteira com Paraguai sem autorização de órgão sanitário. Mercadorias eram enviadas para todo país com auxílio de funcionária dos Correios, segundo PF. g1 tenta contato com Correios. PF E RF deflagram operação contra importação ilegal de cosméticos A Polícia Federal (PF) e Receita Federal cumpriram nesta quarta-feira (28) mandados em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná, contra grupo investigado por importar cosméticos de forma ilegal. Conforme a investigação, o grupo criminoso realizava a importação irregular de cosméticos utilizados em procedimentos estéticos, como toxina botulínica, fios de sustentação e ácido hialurônico. Veja detalhes da investigação mais abaixo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A operação “Astarte” cumpriu seis mandados de busca e apreensão, oito mandados de afastamento de sigilo bancário e fiscal, cinco ordens judiciais que determinaram o comparecimento mensal em juízo e onze ordens de bloqueios de ativos financeiros, de mais de R$ 500 mil. Dois carros e uma motocicleta, além de R$ 80 mil em dinheiro e 5 mil dólares foram apreendidos. Uma pessoa foi presa em flagrante com grande quantidade de substância botulínica em casa, segundo a PF Cerca de 40 servidores da Polícia Federal e Receita Federal do Brasil participaram do cumprimento dos mandados em Foz do Iguaçu. PF e Receita Federal cumprem mandados em Foz do Iguaçu contra grupo investigado por importar cosméticos de forma ilegal Polícia Federal/Divulgação Investigação As investigações começaram em 2021 após cerca de 60 apreensões dos produtos com mesmo endereço de remetente feitas pela Receita Federal, em Curitiba. Conforme a investigação, o grupo trazia os produtos ilegais pela fronteira. Em Foz do Iguaçu eles eram enviados, via Correios e com a facilitação de uma funcionária, para profissionais que trabalham com o realização de procedimentos estéticos em diversas partes do Brasil, segundo a PF. O g1 tenta contato com os Correios sobre o caso. Segundo a polícia, mais de 100 profissionais entre dentistas, esteticistas, farmacêuticos, biomédicos e empresários fizeram o uso dos produtos em seus pacientes. A investigação verificou que um dos produtos, a toxina botulínica, comercializados pelo grupo investigado, além de não possuir nota fiscal, também contém indícios de ser falsificada. Isso porque não foi encontrada a verdadeira procedência do produto, conforme o delegado da PF Fabrício Bini. "Primeiramente pensamos que se tratava de uma empresa israelense que fabricava a toxina botulínica, mas depois de uma apuração mais focada, se verificou que essa empresa nem existia. E se suspeita que esse produto é de origem chinesa e o rótulo fabricado a gosto do cliente que compra", disse o delegado da PF. O delegado da PF Adriano Chamme lembrou que as pessoas que fizeram uso dos produtos correm sérios riscos. "As pessoas que receberam esses produtos tem um sério risco de dano, se não aconteceu ou num futuro próximo pode acontecer, porque o principal produto que foi abordado é a toxina botulínica e temos todas as evidências de que esse produto é falso", afirmou o delgado da PF Adriano Chamme. Os investigados poderão responder pelos crimes de organização criminosa, falsificação de produto destinado a fins medicinais, sonegação fiscal, além de corrupção ativa e passiva. VÍDEOS: Mais assistidos g1 PR Veja mais notícias da região em g1 Oeste e Sudoeste.
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