Paraná vacinou menos de 20% do público-alvo previsto para receber imunizante bivalente contra a Covid-19
Por Giuliano Saito
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No fim de fevereiro, estado recebeu 1.679.606 doses, mas até o momento aplicou apenas 659.712 delas. Procura pela vacina bivalente contra a Covid-19 está baixa no Paraná Cerca de dois meses desde o início da campanha, o Paraná vacinou menos de 20% do público-alvo previsto para receber a vacina bivalente contra a Covid-19. No fim de fevereiro o estado recebeu 1.679.606 doses, mas até o momento aplicou apenas 659.712 delas. O número representa cerca de 20% da meta total, que prevê a vacinação de quase 3 milhões de pessoas. Segundo autoridades de saúde, a baixa procura pode estar relacionada a notícias falsas sobre a vacina e a percepção de que o Covid-19 não é mais um risco. "A Covid pode ser grave especialmente nos grupos maiores de risco. Mas qualquer pessoa está suscetível. Você tem que manter a carteirinha atualizada por um maior risco de internação, hospitalização, sintomas pós covid...", afirma a infectologista Camila Ahrens. Cobertura dos municípios Curitiba: recebeu 262.490 doses e aplicou 165.779, cerca de 63%. Campo Magro: recebeu 2.234 doses e aplicou 1.454, cerca de 66%. Colombo: recebeu 23.166 doses e aplicou 13.767, cerca de 60%. Ponta Grossa: recebeu 42.996 doses e aplicou 18,837, cerca de 44%. Maringá: recebeu 60.726 doses e aplicou 29.2656, cerca de 49%. Foz do Iguaçu: recebeu 29.196 doses e aplicou 11.351, cerca de 40%. Cobertura da vacina bivalente contra a covid-19 em municípios do Paraná Reprodução/RPC Governo nacional recomenda ampliação O governo anunciou nesta segunda-feira (24) a ampliação do reforço com a vacina bivalente contra a Covid para todos acima de 18 anos. Em nota, o Ministério da Saúde afirma que a recomendação "tem o objetivo de reforçar a proteção contra a doença e ampliar a cobertura vacinal em todo país". Como o Sistema Único de Saúde (SUS) é de gestão compartilhada, os municípios têm autonomia para decidir como farão a vacinação, podendo inclusive escalonar por faixas etárias dentro da recomendação do ministério por questões de estoque e organização. Vacina bivalente Paraná Reprodução/RPC A medida vale para quem já recebeu, pelo menos, duas doses de vacinas Coronavac, Astrazeneca ou Pfizer – como esquema primário ou como dose de reforço – há pelo menos quatro meses desde a última dose. Também pode receber quem ainda não completou o ciclo vacinal e está com alguma dose de reforço em atraso. LEIA TAMBÉM: Motorista de Camaro que matou vendedor de pinhão atropelado às margens da PR-151 fugiu do local por medo de agressões, diz advogado Inscrições para exames da EJA do ensino médio começam nesta segunda-feira (24) A história não contada de Adelir de Carli, o 'padre do balão' O que são as vacinas bivalentes? As principais vacinas utilizadas no combate à pandemia são as chamadas "monovalente", eficazes contra casos graves, óbitos e hospitalizações mas fornecendo menos proteção frente à chamada variante dominante. Variantes são "versões" do coronavírus derivadas de mutações (um fenômeno normal). Hoje, a variante dominante é a ômicron, que é bem diferente do vírus original. As vacinas bivalentes são imunizantes elaborados para oferecer uma proteção extra contra a ômicron e suas subvariantes. LEIA MAIS: Reforço com bivalente gera aumento nos níveis de anticorpos Por que devemos tomar o reforço? VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.
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