Paranaense que mora na Turquia se organiza para ajudar vítimas de terremoto: 'Alugar uma van grande e levar doações para lá'
Por Giuliano Saito

Empresária Hetty Walkiria vive e trabalha na Turquia há quatro anos. Ela conta que região onde mora não foi atingida, mas clima é de medo. Até esta terça (7), mais de 7 mil pessoas tinham morrido na tragédia. Empresária Hetty Walkiria vive em Istambul Arquivo pessoal A paranaense e empresária Hetty Walkiria Claudino, que vive na Turquia em uma região não atingida pelo terremoto de magnitude 7,8 que atingiu o país e a Síria na segunda-feira (6), está se mobilizando para ajudar as vítimas da tragédia. Até esta terça-feira, mais de 7 mil pessoas morreram. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Hetty vive em Istambul, a cerca de 10h do epicentro do terremoto, que foi no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia e perto da fronteira com a Síria. Foram atingidas cidades dos dois países. A empresária conta que o clima no país é de medo, mesmo em regiões não atingidas pelos tremores. O terremoto de segunda é considerado o mais destrutivo dos últimos 80 anos no país. "Estamos nos unindo com os sobreviventes para ajudar. Eu vou junto com o meu marido. Pensamos porque não arrecadar tudo o que podemos e levar lá nós mesmos. Queremos pelo menos chegar até a borda e entregar todas as arrecadações. Decidimos juntar quem nós conhecemos, alugar uma van grande e levar todas as doações pra lá". Paranaense que está na Turquia fala sobre terremoto Hetty é natural de Curitiba, do bairro Uberaba, e mora na Turquia há quatro anos. Ela conta que na região onde vive há um sistema de alerta que avisa para moradores sobre eventos atípicos. No caso de tremores, os moradores são orientados a fugir para áreas abertas, longe de prédios. A paranaense ressalta que em todo o país há união da população para ajudar, mesmo com agravantes como frio intenso que atinge o país. Ela também cita que a inflação e diminuição do poder aquisitivo das famílias não tem afetado a vontade das pessoas em oferecer ajuda. "Eles são muito unidos, independente da nacionalidade, raça, cor crença, estão de mobilizando pra que a gente possa ajudar as pessoas que são vítimas. Há pontos específicos de doações, onde arrecadam roupa e alimento, principalmente porque agora está um momento de muito frio na Turquia. Isso inclui também bancos de sangue", destacou. Veja também: Ex-BBB: Kaysar viaja para perto da família após terremoto com pelo menos 5 mil mortos AO VIVO: Acompanhe as últimas informações sobre o terremoto INFOGRÁFICO: Veja onde ocorreram as réplicas ANÁLISE: Resposta rápida ao terremoto é crucial para sobrevivência política de Erdogan O que se sabe até agora sobre o terremoto Prédios destruídos após terremoto em Kahramanmaras, Turquia Ihlas News Agency (IHA) via Reuters O terremoto durou um minuto e meio e abalou fortemente a região central da Turquia e o noroeste da Síria. Milhares de pessoas ainda estão sendo resgatadas, e outras milhares seguem desaparecidas. O número total de mortos leva em conta as contagens dos dois países. Na tarde desta terça-feira, o número de mortos na Turquia aumentou para 5.434. Na Síria, o balanço de mortos é de 1.832. Os dados foram compilados pelos governos dos países e por grupos de resgate. Até a tarde desta terça, sabe-se que: Segundo o governo turco, mais de 70 países já anunciaram que enviarão ajuda humanitária e equipes de busca, entre eles EUA, Reino Unido, Alemanha e Israel. Mais de 10 mil pessoas ficaram feridas, e milhares ainda estão desaparecidas. A OMS afirmou que o número de vítimas pode ser até oito vezes maior. Na Síria, foram 1.832 mortos, segundo levantamento do governo e da ONU. Segundo o último balanço do governo turco, 5.434 pessoas morreram na Turquia. Cerca de 90 réplicas também foram registradas após o primeiro tremor. Foi o pior terremoto desde 1939 na região, muito propensa ao fenômeno por ser uma área de encontro de placas tectônicas. O tremor também foi sentido em Israel, no Iraque, no Chipre e no Líbano. Não há registro de vítimas ou feridos nesses países. O epicentro ocorreu a 10 quilômetros da superfície — esta é uma profundidade considerada baixa e pode explicar, em parte, o tamanho da destruição provocada. O raio de alcance do tremor foi de 250 quilômetros e, portanto, foi fortemente sentido em centenas de municípios e cidades dos dois países. O terremoto ocorreu na madrugada de segunda-feira (6) no povoado de Kahramanmaras, no sudoeste da Turquia, perto da fronteira com a Síria. 4 pontos sobre o terremoto na Turquia: onde aconteceu e quais as causas e consequências Vídeos mais assistidos do g1 PR: Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2023/02/07/paranaense-que-mora-na-turquia-se-organiza-para-ajudar-vitimas-de-terremoto-alugar-uma-van-grande-e-levar-doacoes-para-la.ghtml