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Paraná terá orçamento recorde para ciência e tecnologia em 2026 no valor de R$ 4,65 bilhões

Estado vai ampliar investimentos em universidades, inovação e pesquisa científica; recursos incluem obras e novos equipamentos

Por Eliane Alexandrino

Paraná terá orçamento recorde para ciência e tecnologia em 2026 no valor de R$ 4,65 bilhões Créditos: Divulgação

Eliane Alexandrino/Cascavel

O Paraná terá, em 2026, o maior orçamento da sua história voltado à ciência, tecnologia e ensino superior: R$ 4,65 bilhões, valor 8,22% superior ao de 2025 (R$ 4,3 bilhões). Os recursos serão destinados ao custeio e investimento nas universidades estaduais, além de fomentar a inovação e o desenvolvimento tecnológico.

Os valores integram o projeto da Lei Orçamentária Anual (LOA), elaborado pela Secretaria de Estado da Fazenda (Sefa) e atualmente em tramitação na Assembleia Legislativa do Paraná (Alep).

O Paraná é o estado com o maior número de universidades estaduais do País, somando sete instituições. Para 2026, o orçamento dessas universidades será de R$ 3,8 bilhões, voltados a custeio e investimentos que beneficiarão cerca de 82 mil alunos de graduação.

A Constituição Estadual determina que 2% da receita tributária seja destinada a despesas com ciência e tecnologia. Essa política visa fortalecer o caráter inovador do Paraná, ampliando o acesso ao ensino superior e a qualidade das instituições.

Dados recentes indicam que 26,7% dos jovens entre 18 e 24 anos estão matriculados no ensino superior  o segundo melhor índice do País. Além disso, as universidades estaduais se destacam em pesquisa, impacto social, transferência de conhecimento e projeção internacional.

O secretário de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior, Aldo Bona, destacou que o aporte recorde reflete o reconhecimento do governo à importância estratégica do setor.

“Esses valores mostram que a área é fundamental para o desenvolvimento do Paraná e para o crescimento econômico do Estado. O investimento também contempla a aquisição e recuperação de equipamentos nos cursos de Engenharia, fortalecendo a capacidade das universidades de gerar soluções práticas para a sociedade e o setor produtivo.”, disse.

Foco em investimentos

A Secretaria de Ciência, Tecnologia e Ensino Superior (Seti) também terá aumento expressivo nos investimentos: serão R$ 570 milhões para obras, compra de equipamentos e modernização, valor 41% superior ao de 2025 (R$ 404,1 milhões).

Desse total, R$ 402 milhões irão para o Fundo Paraná, que financia projetos científicos e tecnológicos. As iniciativas incluem áreas como inteligência artificial, genômica e agricultura, impulsionando a interiorização da inovação e aproximando a pesquisa das demandas regionais.

O Instituto de Tecnologia do Paraná (Tecpar) também receberá aumento de recursos: o orçamento para investimentos será de R$ 40,8 milhões. O valor contempla a conclusão do novo Laboratório de Insumos para Diagnósticos Veterinários, com previsão de entrega em maio de 2026, que produzirá insumos para diagnóstico de brucelose, tuberculose e leucose bovina.

Unioeste recebe novos recursos

O governo estadual vai repassar R$ 1,79 milhão para a Unioeste – campus de Foz do Iguaçu, destinados à reforma e ampliação de laboratórios, compra de equipamentos e execução de projetos com uso de inteligência artificial.

A assinatura do termo de descentralização orçamentária foi realizada nesta quarta-feira (29) pelo secretário Aldo Bona, no Itaipu Parquetec, sede do Centro de Engenharias e Ciências Exatas do campus.

Os recursos são provenientes do Fundo Paraná, administrado pela Seti, e apoiam o desenvolvimento científico e tecnológico no Estado.

Durante o evento, Bona ressaltou a relevância da universidade, que foi a primeira estadual a receber nota máxima do MEC. “Estamos garantindo investimentos contínuos em ciência e tecnologia para que nossas universidades avancem ainda mais”, afirmou.

O reitor Alexandre Webber destacou o empenho da comunidade acadêmica: “Esses aportes são resultado do trabalho coletivo de professores, estudantes e agentes universitários comprometidos com o fortalecimento da instituição.”

Entre os projetos contemplados, R$ 270 mil serão aplicados na criação de uma rede inteligente de monitoramento do mosquito da dengue, desenvolvida com sensores óticos e algoritmos de inteligência artificial. O sistema permitirá o acompanhamento em tempo real da incidência do mosquito em diferentes regiões de Foz do Iguaçu.

Outros investimentos incluem a aquisição de equipamentos como espectrômetro, scanner 3D e câmera de alta velocidade para os cursos de Engenharia Mecânica e Elétrica, além da ampliação de laboratórios e do espaço de Empreendedorismo e Inovação do campus.

Foto: Assessoria

 

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