Paraná tem pelo menos 67 grupos reflexivos para homens autores de violência doméstica, indica MP; veja cidades
Por Giuliano Saito
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Grupos, previstos na Lei Maria da Penha, são medida protetiva pensada para diminuir reincidência de casos de violência e feminicídios. Encaminhamento é feito pela Justiça. Se homem faltar, pode ser preso. Comarcas do Paraná que possuem grupos reflexivos de agressores RPC/g1 O Paraná tem pelo menos 67 grupos para homens autores de violência doméstica, distribuídos em 60 comarcas, conforme levantamento do Núcleo de Promoção da Igualdade de Gênero (Nupige), do Ministério Público do Paraná (MP-PR). Veja a lista abaixo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram As iniciativas mapeadas são exclusivamente as que tem a participação do MP como órgão de apoio, ou seja, o número de grupos no estado pode ser maior. No Brasil, são pelo menos 159 grupos. A Lei Maria da Penha prevê estes grupos como medida protetiva desde 2020. O objetivo é evitar a continuidade do ciclo da violência contra mulheres e impedir feminicídios. Formados por equipes multidisciplinares, de profissionais de direito a psicólogos, os grupos funcionam como uma medida que vai além do encarceramento, obrigando homens agressores a reverem, analisarem e corrigirem ações violentas contra mulheres que são estimuladas pelo machismo, enraizado socialmente. Promotores explicam funcionamento de grupos reflexivos para autores de violência doméstica Funcionamento De acordo com o MP, os grupos que o órgão faz parte são formados por diversos agentes da Rede de Proteção, como prefeituras, delegacias, Centros de Referência de Assistência Social e o Poder Judiciário. Uma comarca pode atender mais de um município. A quantidade de encontros, duração de cada grupo e locais em que são realizados variam de iniciativa para iniciativa, a depender do entendimento das coordenações. Em Santo Antônio do Sudoeste, por exemplo, o grupo da comarca também atende a cidade de Pranchita, ambas no sudoeste do Paraná. Neste grupo, em quatro anos, 140 homens foram atendidos. Segundo o promotor Thimotie Aragon Heemann, nenhum deles voltou a cometer violência doméstica. Confira, abaixo, as cidades com grupos reflexivos com a participação do Ministério Público do Paraná: Almirante Tamandaré; Altônia; Ampére; Araucária; Assaí; Assis Chateaubriand; Astorga; Cambé; Campina da Lagoa; Cândido de Abreu; Cantagalo; Carlópolis; Catanduvas; Cerro Azul; Chopinzinho; Cianorte Colombo; Cornélio Procópio; Coronel Vivida; Curitiba; Dois Vizinhos; Francisco Beltrão; Goioerê; Guaraniaçu; Guarapuava; Imbituva; Ipiranga; Irati; Ivaiporã; Jaguapitã; Jandaia do Sul; Lapa; Laranjeiras do Sul; Londrina; Mangueirinha; Manoel Ribas; Marechal Cândido Rondon; Matinhos; Palmas; Paranacity; Pérola; Pinhais; Pinhão; Piraquara; Ponta Grossa; Prudentópolis; Realeza; Rebouças; Reserva; Ribeirão Claro; Ribeirão do Pinhal; Rio Negro; Santa Izabel do Ivaí; Santo Antônio do Sudoeste; São João; São João do Triunfo; São José dos Pinhais; São Mateus do Sul; Telêmaco Borba. Palotina. Leia também: Ciclo da Violência: saiba identificar as três principais fases do ciclo da violência Monitoramento: Número de medidas protetivas cresce 30,7% de janeiro a agosto, no Paraná VÍDEOS: promotora de Justiça fala sobre características de casos de feminicídio e violência contra mulher Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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