Padrasto é denunciado por homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver de enteada de 11 anos: 'Vontade de matar', diz MP
Por Giuliano Saito
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Denúncia pode, ou não, ser aceita pela Justiça. Corpo de Kameron Odila Gouveia Osolinski foi encontrado em 27 de abril, no litoral do Paraná. g1 procura defesa do padrasto. Kameron Odila Gouveia Osolinski tinha 11 anos Arquivo da família Givanildo Rodrigues Maria, de 33 anos, foi denunciado pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) por homicídio, estupro de vulnerável e ocultação de cadáver frente a morte morte da própria enteada, Kameron Odila Gouveia Osolinski, de 11 anos. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram A morte aconteceu em Guaraqueçaba, no litoral do Paraná. Antes do corpo da criança ser encontrado, Kameron chegou a ser dada como desaparecida pela Polícia Civil (PC-PR). O homem confessou o crime e disse que matou a enteada asfixiada. Relembre abaixo. Na denúncia do MP, pesa contra Givanildo, também, uma qualificadora por recurso que impossibilitou a defesa da vítima. A promotora Ana Carolina Lacerda Schneider, que assina o documento encaminhado à Justiça, afirmou que o homem apresentou "manifesta vontade de matar". Destacou, também, que a morte de Kameron aconteceu no âmbito de violência doméstica e familiar, uma vez que ele era padrasto da criança. A Justiça não tem prazo para aceitar ou recusar a denúncia. O homem está preso preventivamente desde 29 de abril. O g1 procura a defesa do denunciado. Ministério público denuncia padrasto que confessou ter matado enteada Denunciado confessou o crime Givanildo foi preso preventivamente após confessar o crime na Delegacia de Paranaguá. A RPC teve acesso a parte do depoimento. À polícia, ele afirmou que asfixiou a menina durante o abuso sexual e, em determinado momento, percebeu que ela estava morta. Na ocasião, ele deu detalhes ao delegado sobre como descartou o corpo da menina. Padrasto confessou o crime Reprodução/RPC Primeira prisão do homem foi revogada pela Justiça Dois dias antes de confessar o crime e ser preso preventivamente, Givanildo chegou a ser detido em flagrante, logo após o corpo de Kameron ser encontrado em 27 de abril, em uma mata em Guaraqueçaba. Entretanto, em 28 de abril, foi solto por determinação do juiz Jonathan Cheong, que entendeu que não existiam sinais de que o padrasto, apesar de suspeito, pudesse destruir alguma prova ou fugir da cidade. Em 29 de abril, após ele se apresentar voluntariamente à polícia e confessar o crime, foi preso novamente. O corpo de Kameron foi encontrado após ela ser dada como desaparecida pelo Serviço de Investigação de Crianças Desaparecidas (Sicride). ENTENDA O CASO: Menina de 11 anos é encontrada morta um dia após desaparecer no litoral do Paraná Padrasto de menina de 11 anos é preso por suspeita de homicídio e ocultação de cadáver A pedido da Justiça, padrasto suspeito de matar menina de 11 anos no litoral do Paraná é solto Após ser solto pela Justiça, padrasto confessa que matou criança de 11 anos no litoral do Paraná, diz polícia 'Essa ferida dentro do meu peito talvez nunca vai sarar', diz pai de menina de 11 anos assassinada em Guaraqueçaba Givanildo Rodrigues Maria tem 33 anos Reprodução/Polícia Civil Inicialmente, suspeito negou o crime Na primeira prisão, em depoimento ao delegado de Antonina Isaias Fernandes Machado, o homem chegou a dizer que não matou a criança. Afirmou, também, que estava "com a consciência tranquila". No mesmo interrogatório, o homem foi questionado sobre ter um comportamento possessivo com a criança, conforme declarações de testemunhas. Ele negou. O caso Kameron Odila Gouveia Osolinski tinha 11 anos Reprodução Segundo o Sicride, Kameron desapareceu em 26 de abril na região da PR-405, em Ipanema, comunidade rural do município de Guaraqueçaba. O desaparecimento chegou a ser divulgado pela prefeitura. Na ocasião, a administração municipal disse que a menina tinha saído de casa pela última vez para fazer atividades da escola na casa de uma colega. À PM, a família contou que, ao dar falta da menina, começou a ligar para o celular dela. Familiares disseram à corporação que uma pessoa chegou a atender o telefone da criança e desligou. As buscas por Kameron contaram com apoio da comunidade, polícia e Defesa Civil. A morte causou comoção na cidade. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Veja mais notícias do estado em g1 Paraná.
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