Operação contra desmatamento da Mata Atlântica identifica 4,2 mil hectares de floresta devastada ilegalmente no Paraná
Por Giuliano Saito

Segundo a operação, a região centro sul e leste do Paraná foram as que mais registraram desmatamento. A cidade de General Carneiro foi a que mais teve área devastada, com mais de 100 mil hectares. Paraná registra aumento no desmatamento da Mata atlântica Uma operação coordenada pelo Ministério Público do Paraná (MP-PR) apontou que 4,2 mil hectares de floresta foram devastadas ilegalmente no Paraná em 608 áreas. A destruição resultou em mais de R$ 35 milhões em multas. O número representa um aumento de quase 100% em comparação com o ano anterior. Veja mais informações abaixo. A Operação Mata Atlântica em Pé durou dez dias e ocorreu em 17 estados brasileiros que possuem remanescentes da floresta. Nela a polícia identifica por meio de imagens de satélite locais que apontam o desaparecimento da floresta. Árvore rara da Mata Atlântica TG Além do MP, participaram também a Polícia Ambiental, Ibama, Instituto Água e Terra (IAT) e o Instituto de Criminalística. Leia também: Paraná tem 1,6 mil hectares de Mata Atlântica desmatados no 1º semestre de 2022 e é o 3º estado que mais derrubou floresta Segundo dados levantados pela operação, a região centro sul e leste do Paraná foram as que mais registraram desmatamento. A cidade de General Carneiro, no sul do estado, foi a que mais teve área devastada, com mais de 100 mil hectares. Segundo o promotor de justiça Alexandre Gaio, o desmatamento está relacionado a uma série de fatores. "No estado do Paraná o panorama é de desmatamento ilegal e não autorizado, vinculado a ampliação de áreas de agricultura, pecuária ou silvicultura, ou para expansão imobiliária", disse o promotor. Paraná é o 3º estado que mais derrubou área de Mata Atlântica no primeiro semestre de 2022 Reprodução/RPC Gaio reforçou também que o aumento dos números mostra a importância da continuidade da operação e fiscalização estatal. "É muito importante que haja uma continuidade da Operação Mata Atlântica em Pé, inclusive com a possibilidade de fazer duas operações por ano e que a gente consiga automatizar ao máximo a resposta estatal em relação a esses ilícitos", afirmou o promotor. Em nota o Instituto Água e Terra afirmou que foi responsável pela fiscalização de mais de 2 mil hectares na operação e que considera que o aumento de identificação de áreas desmatadas é resultado do aumento da eficácia da fiscalização. Operações anteriores A Operação Mata Atlântica em Pé é coordenada pelo Ministério Público há seis anos e busca registrar o quanto essa floresta vem sendo dizimada. Em 2021 a operação encontrou 2,2 mil hectares de corte ilegal em 174 fiscalizações. No ano anterior foram encontrados 1,3 mil hectares em 135 fiscalizações. VÍDEOS: mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias do g1 Paraná.
Você também pode gostar
Leia mais: https://g1.globo.com/pr/parana/noticia/2022/09/30/operacao-contra-desmatamento-da-mata-atlantica-identifica-42-mil-hectares-de-floresta-devastada-ilegalmente-no-parana.ghtml