Operação mira grupo suspeito de fraudar vistorias e transferências de carros no Paraná
Por Giuliano Saito
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Ação conjunta da Polícia Civil e do Detran prendeu dez pessoas. Prejuízo às vítimas é calculado em cerca de R$ 3,5 milhões. Detran e Polícia Civil fazem operação em Curitiba e RMC Dez pessoas foram presas nesta quarta-feira (1º) suspeitas de fraudar o sistema de vistorias e de transferência de veículos do Departamento de Trânsito do Paraná (Detran-PR). Foram duas prisões em flagrante e oito preventivas cumpridas em ação conjunta da Polícia Civil, da Polícia Científica, e do Detran. Mais de 115 agentes participaram da ação em Curitiba e Região Metropolitana. O prejuízo às vítimas é de mais de R$ 3,5 milhões, segundo a polícia. Também foram apreendidos 13 carros, duas motos, cocaína, maconha, uma arma de fogo, 31 munições e 49 vasos com sementes de maconha. De acordo com a polícia, a investigação começou há nove meses a pedido do Detran, que identificou a fraude e implementou processo de controle mais rígido. Prejuízo às vítimas é estimado em cerca de R$ 3,5 milhões PC-PR Leia também: VÍDEO: Homem tenta tocar partes íntimas de mulher em rua de Curitiba; ele foi preso Carro sai da pista e vai parar dentro de rio na PR-151 Como a fraude funcionava A corporação afirma que pessoas de fora do Detran, que não são servidores, montaram um mercado paralelo para usar senhas de despachantes. Os criminosos são suspeitos de conceder os acessos a terceiros, que cadastravam dados falsos nos sistemas, colocando em circulação carros furtados ou roubados, “regularizados” em nome de laranjas. A investigação revelou que o grupo criminoso iniciava a ação usando chave do sistema digital de transferência de veículos de um despachante credenciado ao Detran e, com ela, alterava dados de carros ou motos. Os investigados procuravam no sistema carros iguais aos furtados ou roubados e usavam documentos falsos para transferi-los a um “laranja”, inclusive fazendo a mudança de domicílio. Na sequência, o veículo era vendido para um terceiro. Segundo a polícia, o dono do veículo verdadeiro só percebia que o carro não estava mais em seu nome quando ia pagar impostos, consultar documentos do veículo ou ao receber notificação informando mudança de titularidade. De acordo com a investigação, alguns despachantes indicaram que várias vistorias foram feitas ao mesmo tempo, em lugares diferentes, comprovando a distribuição das chaves de acesso a diversas pessoas. Os vídeos mais assistidos do g1 PR: Mais notícias do estado em g1 Paraná.
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