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O que se sabe sobre o caso do ex-aluno que entrou em colégio e matou estudante a tiros em Cambé

Por Giuliano Saito


Situação aconteceu nesta segunda-feira (19) no Colégio Estadual Professora Helena Kolody. Assassino foi preso. Outro estudante foi baleado na cabeça e está em estado gravíssimo no hospital. Boletim: Ex-aluno invade escola e mata estudante a tiros em Cambé, no Paraná Um ex-aluno, de 21 anos, entrou no Colégio Estadual Professora Helena Kolody, em Cambé, norte do estado, e disparou tiros contra estudantes na manhã desta segunda-feira (19). Uma adolescente morreu e outro foi baleado na cabeça e está em estado gravíssimo. Compartilhe no WhatsApp Compartilhe no Telegram Veja, abaixo, o que se sabe sobre o caso: O que aconteceu? Quem são as vítimas e qual o estado de saúde delas? O que aconteceu com o atirador? Familiar de aluno ajudou a conter assassino O assassino conhecia as vítimas? As aulas foram suspensas? Estudantes relatam momentos de pânico O que aconteceu? Adolescente morre após escola ser invadida no Paraná Kathulin Tanan/ RPC O crime aconteceu por volta das 9h. Segundo a Polícia Militar (PM), um ex-aluno, de 21 anos, foi até o Colégio Estadual Professora Helena Kolody e fez os disparos. Quem são as vítimas e qual o estado de saúde delas? Karoline Verri Alves e Luan Augusto Arquivo pessoal Karoline Verri Alves, de 17 anos, foi baleada e morreu no pátio do colégio. A segunda vítima é Luan Augusto, de 16 anos, que foi baleado na cabeça, socorrido e levado para o Hospital Universitário de Londrina (HU). O hospital informou que Luan está em estado gravíssimo, em assistência ventilatória, sedado e monitorado. Além disso, também fará exames laboratoriais e tomografia computadorizada de crânio. Ele vai passar por uma cirurgia ainda nesta segunda-feira (19). O pai do adolescente faz aniversário nesta segunda e lamentou não conseguir ter ficado com o filho para comemorar. Segundo as famílias, os dois eram namorados. Conforme testemunhas, no momento do tiro, o casal jogava ping-pong no pátio da escola, durante uma aula de Educação Física. O que aconteceu com o atirador? Após os disparos, a polícia foi acionada e o atirador foi preso. A Secretaria de Segurança Pública do Paraná afirmou que, em contato com a família do assassino, foi informada de que ele é esquizofrênico e que faz tratamento para a doença. Segundo a PM, foram apreendidos com o atirador uma machadinha, carregadores de revólver e a arma usada. A Sesp informou que apreendeu também com o assassino um caderno com anotações sobre ataques em escolas, incluindo o ataque em Suzano, em São Paulo. Familiar de aluno ajudou a conter assassino Um familiar de um estudante do colégio ajudou a conter o assassino, conforme o delegado-chefe da 10ª Subdivisão Policial de Londrina, Amarantino Ribeiro. "A pessoa que ajudou a segurar o atirador é parente de um aluno do colégio. Até onde apuramos, ele ouviu os disparos e correu pra lá. Essa foi a reação dele, de conter o assassino". A identidade dele não foi revelada pela polícia. O assassino conhecia as vítimas? Não. Conforme o secretário de Segurança Pública do Paraná, Hudson Teixeira, o atirador afirmou à Polícia Civil que não conhecia as vítimas. "Ele afirmou que não tinha qualquer vínculo com o casal, que não conhecia eles", afirmou o secretário. As aulas foram suspensas? Sim, as aulas nas redes municipal e estadual de ensino em Cambé foram suspensas. Após o tiroteio, o governador Ratinho Junior (PSD) decretou luto oficial de três dias. Estudantes relatam momentos de pânico 'Apontou a arma pra mim e para mais cinco amigas e deu um tiro', relata estudante Uma das alunas do Colégio Estadual Professora Helena Kolody relatou momentos de pânico onde um ex-aluno invadiu o local e fez os disparos. "Na hora a gente estava sentado no refeitório, eu e umas amigas. Na hora escutamos três tiros, tipo bombinha. Quando viramos, tinha um menino na fresta do portão. Aí a gente falou, não vamos fazer barulho e correr. Na hora que a gente viu, ele já tinha passado, por outro lado. Só via as faiscas do revolver saírem", relatou Isabela Laurentino, que tem 18 anos. A aluna disse que o diretor do colégio chamou os alunos para entrarem nas salas para se esconder. Outra estudante que presenciou os tiros disse que ela e um grupo de alunos foram ameaçados pelo atirador enquanto estavam escondidos dentro da sala dos professores. "Ele falou assim: se não abrir essa porta, vai todo mundo morrer aqui dentro. E a gente tava trancado na sala dos professores. A gente tentou sair correndo, mas aí nisso ele apontou a arma pra mim e pra mais cinco amigas minhas e deu um tiro. Só que a gente conseguiu sair", disse uma estudante em entrevista à RPC. A estudante também disse que o assassino realizou vários disparos na direção de pessoas diferentes. Initial plugin text VÍDEOS: Mais assistidos do g1 Paraná Leia mais notícias no g1 Paraná.