O indigesto histórico do Cascavel no mata-mata

Elenco do Cascavel embarcou nesta quinta-feira para Santa Catarina para enfrentar o Barra

Por Luciano Neves

O indigesto histórico do Cascavel no mata-mata Créditos: Assessoria Cascavel

A derrota para o Barra por 1 a 0 no sábado passado no jogo de ida da segunda fase da Série D do Campeonato Brasileiro deixou o ambiente no Cascavel um tanto quanto tumultuado. Tanto é que, após a derrota, a diretoria do clube encerrou o trabalho do técnico Tcheco. A missão de dirigir o time na partida de volta contra o mesmo Barra no próximo sábado (09), em Santa Catarina, será de Cesar Bueno. O técnico do time Sub-20 do aurinegra, que foi vice-campeão paranaense da categoria este ano, assumiu a equipe principal de maneira interina e tem trabalhado com o elenco ao longo desta semana. Nesta quinta (27), o elenco do Cascavel viajou para Balneário Camboriú. O time de Cesar Bueno levou uma desvantagem na bagagem. Como foi derrotado no jogo de ida, dentro do Estádio Olímpico, terá que vencer por uma diferença de dois gols em território catarinense. Se vencer por um gol de diferença leva a decisão para os pênaltis. 

Isso significa que Cesar Bueno terá pela frente o desafio de fazer o time balançar as redes. O desempenho ofensivo do Cascavel ao longo desta temporada não foi dos melhores. Em 28 jogos oficiais na temporada, o ataque cascavelense marcou apenas 23 gols. Em apenas três partidas em 2025 o Cascavel teve a diferença de gols necessária para avançar na Série D. Foram nas vitórias por 2 a 0 sobre o Maringá, pelo Paranaense, 2 a 0 sobre a Inter de Limeira e 3 a 1 sobre o Operário do Mato Grosso do Sul, ambas pela Série D. Detalhe: estes três jogos ocorreram no Estádio Olímpico Regional. Fora de casa na temporada, a Serpente Aurinegra teve apenas uma vitória: 1 a 0 sobre o Monte Azul em São Paulo.

 

Mata-mata

O histórico do Cascavel em jogos de mata-mata também preocupa Cesar Bueno. Na Série D, esta é a quarta vez que o Cascavel encara um confronto eliminatório na segunda fase. Para chegar pela primeira vez nas oitavas terá que fazer algo que nunca fez. Marcar gols na condição de visitante e vencer fora de casa. O Cascavel entrou em campo sete vezes para jogos de segunda fase da Série D e teve apenas uma vitória. Foi sobre o Novorizontino por 1 a 0, no Olímpico, com um gol de pênalti de Paulo Baya, hoje no Fluminense. Aliás, aquele foi o único gol que o time fez nestas sete partidas de mata-mata pela Série D. Ou seja, como foi um gol de bola parada, o Cascavel nunca balançou as redes pela segunda fase da Série D com bola rolando.

Pela primeira divisão e pela Série D, o Cascavel nunca conseguiu se classificar em duelos eliminatórios de ida e volta depois de ter sido derrotado no jogo de ida. A última vez que reverteu a situação foi na final da Divisão de Acesso de 2015. Na ocasião, o Cascavel havia sido derrotado pelo Nacional no jogo de ida por 1 a 0. Na volta, no dia 25 de outubro daquele ano venceu o adversário por 2 a 1 no Olímpico e ficou com o título da segundinha estadual.

 

Melhora?

Para o jogo do próximo sábado, Cesar Bueno pode ter novas peças para o ataque. O técnico interino pode até usar o paraguaio Andrés Molinas no decorrer da partida. O atacante não foi relacionado para o jogo de ida diante do Barra. Porém, voltou a treinar ao longo desta semana e pode viajar para Santa Catarina.

Créditos: Luciano Neves Acesse nosso canal no WhatsApp