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MPF pede que acusações de Tacla Duran contra Moro sejam analisadas pela Justiça comum; juiz encaminhou caso para STF

Por Giuliano Saito


MPF também questionou decisão de juiz da Lava Jato, Eduardo Appio, de enviar Tacla Duran para programa de testemunhas. Pedido foi apresentado nesta quarta-feira (29). Rodrigo Tacla Duran prestou depoimento na segunda (27) à Justiça Federal Reprodução O Ministério Público Federal (MPF) pediu, nesta quarta-feira (29), que as acusações que o advogado Rodrigo Tacla Duran fez contra o senador Sergio Moro (União Brasil) e o deputado federal Deltan Dallagnol (Podemos) sejam analisadas pela Justiça comum e não pelo Supremo Tribunal Federal (STF). A decisão de enviar o caso ao STF é do juiz Eduardo Appio, que assumiu a Lava Jato em fevereiro deste ano. O magistrado encaminhou o caso após Tacla Duran, réu por lavagem de dinheiro para a Odebrecht, fazer citações sobre o Moro e Deltan em casos de suposta tentativa de extorsão e perseguição, respectivamente. O pedido do MPF tem teor similar a uma solicitação feita por Moro na quarta-feira (28), oportunidade em que também solicitou que o caso não seja enviado ao Supremo. Sobre Deltan, ex-procurador na força-tarefa da operação, o advogado afirma ser "perseguido na Espanha e em outros países" por ele. Em relação a Moro, Tacla Duran afirmou que foi vítima de tentativa de extorsão durante o processo por pessoas ligadas ao ex-juiz. Os parlamentares negaram as acusações. Entenda: Novo juiz da Lava Jato revoga ordem de prisão preventiva de advogado Tacla Duran Após ter ordem de prisão preventiva revogada na Lava Jato, Tacla Duran é intimado para depor Tacla Duran faz acusações a Moro e Deltan, e caso vai ao STF Juiz da Lava Jato pede que PF investigue de forma 'urgente' possível extorsão Moro quer que acusação de extorsão de Tacla não vá ao STF Quem é Tacla Duran, ex-advogado de empreiteiras alvo da Lava Jato O que disse Tacla Duran sobre Moro e Deltan Na avaliação do MPF, a decisão de Appio não considerou que "condutas atribuídas a parlamentares antes da diplomação, sem pertinência com o mandato, devem ser apreciadas pelo julgador em primeira instância". Moro e Deltan assumiram mandados no início de 2023. Quando encaminhou o caso ao STF, Appio alegou que, por serem parlamentares, a 13ª Vara Federal de Curitiba não teria competência para analisar o caso. A audiência em que Tacla Duran fez as declarações também não tinha o objetivo de colher qualquer tipo de declaração referente a Moro, Deltan ou outras pessoas, por isso, o juiz não fez questionamentos ao réu frente às acusações. *Reportagem em atualização.